O Centro de Paradesporto de Mogi das Cruzes, inaugurado em 2014, é considerado, segundo o coordenador Dirceu Pinto, um dos mais completos centros destinados à prática paradesportiva no Brasil. O espaço oferece atualmente aulas de bocha adaptada, tênis de mesa, futebol de sete, futebol de amputados, basquete de cadeira de rodas, parabadminton, goal ball, golf adaptado, tiro com arco, atletismo pcd, futebol para surdo e natação - esta última modalidade é realizada no Clube Náutico Mogiano.
As pessoas com deficiência interessadas em frequentar o espaço devem comparecer ao Centro de Paradesposto, acompanhadas de um dos pais ou responsável, com documentos, laudo médico e comprovante de residência. Após uma triagem, o aluno é encaminhado à modalidade que mais encaixe com o seu perfil.
"Chego aqui às 8 horas. Não dirijo para preservar a musculatura. Em razão da minha doença, tenho uma fraqueza muscular e, por conta disso, não me esforço para estar bem para me dedicar ao esporte. Tenho um motorista particular, que eu contratei. Sou eu quem pago, não tem nada a ver com a prefeitura", explicou.
Na tarde em que a reportagem do Mogi News esteve no complexo, havia uma grande movimentação de alunos da Universidade Cruzeiro do Sul. O intuito do grupo era o de conhecer a estrutura paralímpica da cidade, bem como os atletas, entre eles Dirceu Pinto e Maciel Santos, que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Parapan-Americanos, em Lima, no Peru.
"O investimento que a prefeitura tem feito é grande e pesado. Para se ter uma ideia, nós temos aqui atletas que estão sob o meu olhar que, com certeza, estarão na paralimpíadas de Tóquio e vão trazer medalhas, só não sabemos a cor. Maciel Santos é um deles. Daqui a uma semana, ele vai para a Copa América, que será disputada no Brasil. Vai ter um Open em Portugal que sabemos que, se for bem lá, ele vai arrebentar", finalizou.