A Unidade Básica de Saúde (UBS) do Alto Ipiranga está sendo administrada desde ontem pelo Centro de Estudos e Pesquisas João Amorim (Cejam). O contrato com a antiga gestora, a Organização Social (OS) Pró-Saúde, foi encerrado e, por isso, houve a necessidade na troca da gerência. A nova OS da unidade informou que a transição e os acordos com a Prefeitura de Mogi das Cruzes ocorreram com tranquilidade nas últimas semanas e que os funcionários da administração anterior foram todos mantidos.
Para os pacientes da unidade, o primeiro dia da troca de gestão foi pouco percebido. A gerente administrativa Patrícia Diogo, de 37 anos, disse que não estava sabendo da mudança, mas acredita que ela será para melhor. "O atendimento aqui é muito bom, não tenho muito o que reclamar, eu gosto do atendimento e dos profissionais que são bem atenciosos. Se mudou a gestão, com certeza será para melhor'', afirmou.
Contrariada, a aposentada Maria Ede de Santos, 69, explicou que sempre foi muito difícil conseguir realizar seus exames na unidade por vários motivos. "Eu venho aqui diversas vezes para tentar realizar um exame, mas parece que aqui nunca tem funcionário e nem equipamentos. Vamos esperar que com essa troca de gestão alguma coisa mude'', apontou.
Durante o momento da realização das entrevistas, no período da tarde, a reportagem presenciou um veículo da prefeitura entregando material na unidade e também pôde ouvir barulho de obra na parte interna do prédio, no entanto, o Cejam não informou sobre os fatos.
Contrato
A nova gestão foi decidida após a Prefeitura de Mogi realizar a contratação emergencial de uma OS para gerenciar a UBS, depois que a Pró-Saúde se desligou da unidade na semana passada. Na ocasião, o Executivo afirmou que a contratação emergencial seria uma alternativa, após o Tribunal de Contas do Estado (TCE) suspender o chamamento público da UBS e de outros equipamentos.
A administração municipal informou também que a Pró-Saúde estava impedida de receber novos equipamentos por conta de uma pendência apontada pelo TCE. Por isso, a entidade também estaria impossibilitada de assinar um contrato emergencial. Por sua vez, a instituição afirmou que a informação não procedia e que a entidade optou pela não renovação após análise interna realizada pelo setor técnico e não pela decisão do TCE ou da prefeitura.
* Texto supervisionado pelo editor.