"Estou torcendo muito para a duplicação da Mogi-Bertioga, isso representaria mais conforto aos motoristas e muito mais segurança aos usuários". Estas são palavras do engenheiro Jamil Hallage, responsável pelas obras da Rodovia Dom Paulo Rolim Loureiro (SP-98), na década de 70.
O tema voltou à tona na semana passada, quando o governo do Estado anunciou que a estrada está inclusa em um pacote de rodovias que serão concedidas à iniciativa privada, feito que está planejado para acontecer no primeiro trimestre do ano que vem, quando será lançado o edital da concessão.
Mesmo sem grandes detalhes fornecidos pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), há a possibilidade de duplicação da Mogi-Bertioga, projeto defendido fervorosamente pelo engenheiro.
Mas segundo ele, a obra tem que ser feita em toda a rodovia, descartando a hipótese de duplicação apenas no trecho de serra. "Duplicar apenas trechos da rodovia me soa de forma estranha. Tem que duplicar tudo, aí sim seria viável", acrescentou Hallage.
Segundo o especialista, no auge de seus 93 anos, a obra é totalmente viável, desde que o orçamento comporte, algo que não deve ser um empecilho, visto que o Executivo paulista espera que sejam investidos cerca de R$ 3,2 bilhões nas rodovias, em um trecho de 230 quilômetros.
Em 1970, as obras para abertura da Mogi-Bertioga foram iniciadas tendo sua conclusão em 1982. Nos primeiros anos, a via contava com manutenção da própria prefeitura, até no começo dos anos 90 ser assumida pelo Departamento de Estrada de Rodagem (DER).
*Texto supervisionado pelo editor