O estádio municipal Francisco Ribeiro Nogueira, o Nogueirão, foi entregue para aos mogianos em setembro de 2015 depois de um investimento de R$ 7,1 milhões em reforma. Esta foi a primeira vez que a arena recebeu partidas do Copa São Paulo de Futebol Júnior. Em todos os jogos realizados antes de domingo nenhum incidente foi registrado e os mogianos compareceram em peso. No entanto, no último domingo, por volta das 20h15, a torcida organizada do São Paulo iniciou uma confusão que resultou em um prejuízo de cerca de R$ 50 mil para o município. Durante a partida haviam 35 guardas municipais, 12 seguranças particulares, 22 servidores municipais, 10 agentes de trânsito, seis fiscais, além de 40 policiais militares. As informações são do secretário municipal de Segurança, Eli Nepomuceno.
Segundo Nepomuceno, a confusão começou depois que um grupo da torcida organizada forçou uma porta lateral do estádio para dar acesso a torcedores que ficaram do lado de fora do estádio, que tem capacidade para 7,7 mil pessoas. Os guardas municipais tentaram dispersar os bandidos que carregavam pedras e latões de lixo. Corrimões foram arrancados pelos torcedores e utilizados como armas. A multidão somente dispersou depois que a Polícia Militar interviu com bombas de efeito moral.
O secretário afirmou que o maior prejuízo foi causado pela depredação de um dos carros da administração municipal. De acordo com ele, o jurídico da administração municipal está estudando quais medidas poderão ser tomadas em relação ao vandalismo. "Os carrinhos de lixo foram inutilizados depois que as rodas foram quebradas e as barras de ferro usadas como armas. Eles tiraram o corrimão da arquibancada, quebraram catracas e os vidros da bilheteria. Pedras, que estavam do lado de fora do estádio, eram repassadas para os torcedores organizados que estava na parte interna", acrescentou.
Horror
O Nogueirão receberá amanhã o jogo do Bahia e América (MG), às 16 horas. O secretário municipal de Esportes, Nilo Guimarães, classificou a confusão de domingo como "cena de horror". Ele destacou que a cidade vinha sediando os jogos da Copinha sem problemas e avaliou que uma forma de conter os tumultos é cobrando ingressos, medida que não não foi utilizada ao longo do campeonato.
O delegado titular do 1° DP, Argentino Coqueiro, disse que a apuração do crime será feita pelo 1° DP de Mogi e que o conteúdo será enviado posteriormente à Justiça. (L.N)