Ocupar a tribuna da Câmara Municipal de Mogi das Cruzes para falar sobre o Grupo Mogi News poderia até ser uma tarefa facilitada, salvo se a sua história não se confundisse com a minha própria e com a vida de um sem número de profissionais que já emprestaram seus talentos para a empresa, fazendo assim, que seus produtos fossem idealizados, elaborados e chegassem ao seu destino final: às mãos do leitor.
E, nesta esteira de raciocínio, como não ressaltar que a história de Mogi das Cruzes também faz parte da narrativa do Grupo Mogi News, sobretudo do jornal Mogi News, que em seu DNA traz a mogianidade e traz a notícia, concorrendo, ainda, para o desenvolvimento da sociedade e do cenário político, para a difusão de ideias e, também, de informações. Informação que transforma, que fiscaliza e que muda realidades.
E, não menos importante, é preciso valorizar que todo esse retalho ainda esbarra na biografia dos senhores Sidney Antonio de Moraes e Sonia Massae Amano de Moraes, esteios da empresa que, não de hoje, é considerada uma das maiores da região do Alto Tietê e, sem medo de errar, do Estado de São Paulo - observação dialética facilmente comprovada pela constatação da influência que a difusão impressa exerce sobre o comportamento das massas e dos indivíduos, com direito à unidade e à uniformidade.
Como muitos que se avizinham a minha idade, dei início a minha trajetória no Grupo Mogi News como estagiária. Foram oito anos de estreito relacionamento e de muitos desafios, confiados a mim por profissionais que faziam ou ainda fazem o coração dessa empresa pulsar, independentemente de troca de presidentes da República e de prefeitos, de mudança de moeda, de crise econômica, de guerras religiosas, do fechar das cortinas, de quedas no Poder.
Porque, tão importante quanto eu meus colegas de ofício termos passado por várias funções e editorias no Mogi News é termos ciência de que tudo passa, mas os jornais ficam.
Talvez, num mundo em convulsões, nem todos os impressos tenham fôlego para permanecer. Mas, os que têm propósito e compromisso ficam, e melhor ainda se não tiverem amarras, se estiverem com os olhos sempre voltados à vanguarda e tiverem identidade republicana, democrática e resolutiva.
Ao mesmo tempo em que o Grupo Mogi News aposta, atualmente, no compartilhamento de seus produtos pela rede mundial de computadores; concede contornos eletrônicos e midiáticos aos seus processos; e encurta a distância com seus próprios leitores, assinantes, fornecedores, clientes e funcionários; ele também dá às mãos às tradições e ao respeito às origens, editando livros que marcam o tempo e servem à população um passado repleto de significado e que explica muito dos efeitos do presente, além de apontar as possibilidades do futuro.
Assim foi com o livro sobre a imigração japonesa em solo mogiano; com o título que contou a nova história de Mogi das Cruzes; com o que passou a limpo a história de Guararema; e com o que, enfim, valorizou os primórdios de Suzano - obra da qual tive a honra de ser co-autora e que muito alegrou os corações das famílias tradicionais de minha cidade natal.
Mas, que fique claro: sou a mais mogiana das suzanenses, graças ao tudo e o contudo que o jornal Mogi News me proporcionou ao longo do tempo, e não apenas no que reside ao meu currículo. As amizades para uma vida inteira, por exemplo, extrapolam a plataforma lates.
Aliás, estamos falando, nesta festiva oportunidade, de uma miscelânea de produtos e de possibilidades que trazem a chancela de uma empresa que edita jornais, que promove eventos, que desenvolve ações beneméritas e que dá tom ao "quem era quem", seja na editoria Social, na coluna política, em seu crítico editorial ou em seu criterioso noticiário local.
O Mogi News nos dá um cenário muito interessante. Tem-se a informação instantânea, típica dos meios de massa contemporâneos, com direito às redes sociais, mas, também temos ao mesmo tempo a informação calcada na análise - mais lenta e presumidamente mais profunda.
De qualquer maneira, todos esses meios comercializam a mais importante das mercadorias: a informação, que, pode até parecer irônico, mas tem o poder de controlar o próprio poder.
Mudanças de sede, apostas vultuosas em novos projetos e audácia dão norte à história do Mogi News, que, como qualquer outro veículo de Comunicação sobrevivente num mercado extremamente competitivo e como todos nós, acertou, escorregou, teve bons e maus momentos.
Porém, fica a certeza do "tentar" e do quanto "tentar" dignifica e edifica. A turbulência, inclusive, é inevitável. O que diferencia a sequência dos resultados é a maturidade com que os desafios são encarados e, principalmente, quando é inexiste o medo de se reinventar.
A democracia de um País está intimamente ligada à qualidade de sua Imprensa. Mas, a importância do Mogi News não é só jornalística.
É Social, como bem disse anteriormente, e Econômica, já que não apenas quebrou, anos atrás, o monopólio da informação, mas, também, se posicionou como fonte empregadora, geradora de mão de obra responsável pelo sustento de centenas de casas, de pais e de mães; e, porque não dizer que o Mogi News também é um celeiro de talentos e da formação de cidadãos melhores?
Já me aproximando do fim de minhas impressões e esperando que minhas palavras tenham encontrado compreensão por parte dos senhores e senhoras, reitero que, assim como eu, muitos dos colegas que estão aqui hoje já não fazem mais parte do time de colaboradores do Mogi News, sejam provenientes da Redação, do parque gráfico, do setor administrativo, da Entrega, do Departamento Comercial.
Então, porque será que estamos aqui? Para quantas casas que um dia já foram tão nossas, nós voltamos? Tudo é questão de trabalho, comprometimento, aprimoramento, mas, especialmente, de afinidade, de ressonância.
Pelo menos, falo por mim, Sidney e Sonia, que lá na Redação do Mogi News protagonizei meu segundo e mais demorado começo, e que sem começo eu não teria meio e fim para contar, nem tão pouco forças e referência para recomeçar quantas vezes seja necessário.
O respeito é certo. A admiração e a gratidão, eternas.. Carla Fiamini