Os Estados Unidos da América bombardearam um conjunto de instalações na Síria, na região da fronteira entre o país e o Iraque, ontem. Segundo o Pentágono, os ataques miravam locais usados por milícias apoiadas pelo Irã que operam na região. Não há detalhes sobre mortos ou feridos na ação.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse que o ataque destruiu várias instalações em um ponto de controle de fronteira usado por grupos militantes apoiados pelo Irã. Essa foi a primeira operação do tipo realizada pelo governo do presidente Joe Biden.

Segundo o Pentágono, a ação serviu como retaliação por um ataque com foguete que matou um civil e feriu um militar norte-americano no dia 15 de fevereiro, no norte do Iraque. "Estamos confiantes de que esse alvo estava sendo usado pelos mesmos militantes xiitas que conduziram os ataques", disse o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin.

Ataques ilegais

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã condenou os ataques ilegais e agressivos de forças dos Estados Unidos em áreas no leste da Síria, considerando-os uma clara violação aos direitos humanos e à lei internacional, de acordo com a agência estatal Irna.

Na avaliação de Teerã, a ação americana é uma clara violação à soberania e à integridade territorial da Síria.

O Pentágono informou mais cedo que bombardeou instalações na Síria, na região fronteiriça com o Iraque, que seriam usadas por milícias apoiadas pelo Irã.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken, disse durante coletiva de imprensa ontem, que o Irã não pode atacar os cidadãos, parceiros e interesses americanos de forma impune.

Ontem, os EUA bombardearam a base de milícias apoiadas por Teerã na Síria, em resposta a diversos ataques contra tropas americanas nos últimos dez dias, segundo o secretário.

Para Blinken, a retaliação foi focada, proporcional e reduziu a capacidade bélica das milícias.

O secretário ainda comentou sobre as recentes sanções aplicadas pelos Estados Unidos a 76 cidadãos da Arábia Saudita supostamente envolvidos no assassinato do jornalista Jamal Kashoggi, em 2018.

A decisão, de acordo com Blinken, serve para recalibrar as relações do governo americano com os sauditas, sem causar rupturas. (E.C.)