O Ministério da Saúde informou ontem que o Brasil monitora 132 casos suspeitos de infecção pelo coronavírus. Até agora, um caso da doença foi confirmado, em São Paulo. A quantidade de suspeitas deve continuar crescendo, segundo a Pasta, em razão do aumento da "sensibilidade de vigilância" com a inclusão de 15 países no monitoramento. Segundo o secretário executivo do ministério, João Gabbardo, "dá para avaliar que estamos próximos de 300 casos suspeitos de coronavírus".
Os critérios para a definição de um caso suspeito de coronavírus passaram a enquadrar as pessoas que apresentarem febre e mais um sintoma gripal, como tosse ou falta de ar e tiveram passagem pela Alemanha, Austrália, Emirados Árabes, Filipinas, França, Irã, Itália, Malásia, Japão, Cingapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã e Camboja, além da China, nos últimos 14 dias.
Três pessoas listadas como suspeitas não viajaram para esses países, mas tiveram contato com o paciente de São Paulo já confirmado para o coronavírus.
De acordo com o secretário João Gabbardo, neste momento há mais 213 notificações que estão sendo analisadas, o que pode elevar o número. Isso ocorre porque há uma recomendação ou notificação de casos por parte das secretarias estaduais de saúde. Os técnicos do ministério, então, examinam os dados, checam se eles preenchem os quesitos para serem considerados suspeitos e então eles começam a ser tratados assim, para ir para os testes. Mas como estão chegando muitas notificações nas últimas horas, há mais 213 que ainda não passaram por essa análise. Por isso, a expectativa é que o números de casos deve subir.
Gripe
O ministério irá antecipar a campanha de vacinação contra a gripe por causa do risco de surto de coronavírus, anunciou ontem o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em coletiva de Imprensa realizada no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.
Primeiro, devem ser vacinadas gestantes, crianças até 6 anos, mulheres até 45 dias após o parto e idosos, historicamente mais vulnerável à doença, que pode levar até a morte. O início da campanha está prevista para começar no dia 23 de março e não mais na segunda quinzena de abril.