O Sistema Produtor Alto Tietê (SPAT) operava, na manhã de sexta-feira (5), com 18,7% da capacidade, segundo dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O índice é o menor registrado no sistema desde dezembro de 2015, ano marcado pela crise hídrica. No último mês todas as represas do sistema do sistema tiveram queda. 

O volume desta sexta consolida a tendência de queda vista no SPAT neste ano. Há um mês, em 5 de novembro, a capacidade do sistema estava em 22,1%, o que representa uma queda de 3,4 pontos percentuais. A situação é ainda pior quando comparada a um ano atrás: em 5 de dezembro de 2024, o volume era de 36,2%, ou seja, queda de 17,5 pontos percentuais — quase metade do total.

Os dados da Sabesp apontam que o volume total do SPAT segue em queda constante desde abril deste ano, quando chegou a 48,5%. Em 2025, o maior volume atingido foi registrado nos dias 9, 10 e 23 de fevereiro, quando chegou a 51,4%. Segundo a companhia, o sistema abastece cerca de 4 milhões de pessoas na zona Leste de São Paulo e de municípios da Região Metropolitana.

Reservatórios

Todas as represas do sistema tiveram queda em seu volume nos últimos 30 dias e a maioria delas atualmente opera com menos de 20% da capacidade. Ao longo do último mês, a maior redução foi registrada na represa de Taiaçupeba, em Mogi das Cruzes, que passou de 23,3% em 5 de novembro para 15,5% nesta sexta (5), uma redução de 7,8 pontos percentuais. Em seguida, aparece Ponte Nova, na divisa entre os municípios de Biritiba Mirim e Salesópolis, cujo volume caiu de 23,8% para 20,8% nos períodos analisados, redução de 3 pontos percentuais.

Tanto as represas de Paraitinga, em Salesópolis, quanto Jundiaí, em Mogi, tiveram a mesma variação: Paraitinga recuou de 19,5% no dia 5 do mês passado para 17,7% nesta sexta (5), e Jundiaí, de 12,7% para 10,9%, queda de 1,8 ponto percentual em cada reservatório. Por outro lado, a menor redução ocorreu em Biritiba. Na represa, que fica na divisa de Mogi e Biritiba, o volume passou de 25,8% há um mês para 24,4% na medição mais recente da Sabesp, diminuição de 1,4 ponto percentual.

Galeria

Foto 1 - Gráfico da Sabesp mostra evolução do volume no SPAT na última década - reprodução/Sabesp