Mais de 11 mil agressores de mulheres foram presos neste ano pelas forças policiais de São Paulo, 4 mil deles apenas em operações especiais. Os esforços do Governo de São Paulo para combater a violência doméstica foram detalhados nesta terça-feira (30) após a quarta operação especial realizada sobre o tema em 2025, pela primeira vez com integração entre Secretaria de Segurança Pública e Secretaria de Políticas para a Mulher.

Apenas na operação Ano Novo, Vida Nova, que teve início na segunda (29), são ao menos 233 novos mandados cumpridos. “O número de prisões ainda vai subir. São pessoas condenadas que descumpriram medidas cautelares. Quase 1,5 mil policiais envolvidos. Não vamos dar trégua. A defesa da mulher é prioridade”, disse o secretário de Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves.

A coordenadora de Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs), Cristiane Braga, detalhou o perfil dos presos. “Temos crimes de toda ordem, mas a maior incidência é crime de lesão corporal e descumprimento de medida protetiva, o que mostra um perfil de desrespeito a decisões judiciais. Com isso, evitamos que ele reincida em condutas mais graves. A maioria deles são conviventes ou ex-conviventes, mais jovens e já condenados”, afirmou.

O balanço de 11 mil presos se refere ao acumulado de prisões até outubro, o que indica crescimento do número total até o fim deste mês.

As ações policiais integram a estratégia do Governo de São Paulo de enfrentamento permanente à violência contra a mulher, unindo ações repressivas, prevenção e políticas públicas de proteção. O objetivo é ampliar a segurança das mulheres, interromper ciclos de violência e assegurar o cumprimento rigoroso das decisões judiciais.

A secretária de Políticas para a Mulher, Adriana Liporoni, que também chefiou as DDMs, destacou o papel da prevenção no combate à violência da mulher. “São 142 delegacias da mulher em São Paulo. Em nenhum estado chega a 10% desse número. Aqui, as políticas são pioneiras. Temos DDM online que atende às mulheres em qualquer lugar do estado para fazer um boletim de ocorrência e pedir medida protetiva”, diz Adriana Liporoni.

A mobilização desta terça-feira envolveu todos os Departamentos de Polícia Judiciária do Interior e todas as seccionais do Departamento de Polícia Judiciária da Capital, com atuação direta das Delegacias de Defesa da Mulher.

SP Por Todas

O SP Por Todas é um movimento do Governo do Estado de São Paulo voltado à ampliação da visibilidade das políticas públicas para mulheres e ao fortalecimento da rede de proteção, acolhimento e autonomia. A iniciativa reúne ações estruturantes da gestão, como o aplicativo SP Mulher Segura, que conecta as vítimas diretamente às forças policiais, e a expansão das Delegacias de Defesa da Mulher com atendimento 24 horas. Mais informações estão disponíveis em www.spportodas.sp.gov.br.