Mais da metade das 85 mortes no trânsito registradas no Alto Tietê no primeiro semestre de 2025 aconteceu em acidentes em vias municipais — 44 ocorrências, o equivalente a 51,8%, segundo dados do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo, o Infosiga. Rodovias concentraram 36 casos (42,4%) e outras cinco mortes (5,9%) constam como via não identificada. Mesmo com essa predominância, duas cidades destoam: em Biritiba Mirim, seis das nove vítimas (66%) foram de acidentes em rodovias; em Santa Isabel, os três registros deste semestre também ocorreram fora do perímetro urbano.

Em 2024, o recorte regional foi semelhante. A região havia contabilizado 98 mortes entre janeiro e junho: 54 (55,1%) em vias municipais, 37 (37,8%) em rodovias e sete (7,1%) sem identificação do tipo de via.

Biritiba foi o único município da região a manter, nos dois anos, a maior parte das fatalidades concentrada em rodovias. Neste ano, foram 66% das nove mortes e em 2024, todas as quatro vítimas fatais. A cidade é cortada por dois importantes corredores viários: a SP-Mogi-Salesópolis (SP-088) e a Mogi-Bertioga (SP-098). 
Apenas nos seis primeiros meses deste ano a cidade bateu o recorde de óbitos no trânsito. Até então o maior número havia sido observado no ano de 2018, com oito mortes no total. 

Santa Isabel teve três mortes entre janeiro e junho de 2025, todas em rodovias. No mesmo período de 2024, a cidade havia registrado oito óbitos — quatro (50%) em áreas urbanas e quatro (50%) em rodovias. Salesópolis também apresentou alterações. Em 2024, foram quatro vítimas fatais, três delas (75%), em rodovias e uma (25%) em via municipal. Já neste ano, houve apenas uma morte, registrada em área urbana.

Arujá passou de cinco para oito óbitos no comparativo entre os semestres de 2024 e 2025. Neste ano, foram quatro vítimas fatais (50%) em rodovias e quatro (50%) em vias municipais. No ano anterior, foram duas (40%) em cada tipo de via e um (20%) sem identificação. Itaquaquecetuba também tem alto percentual de acidentes com vítimas fatais em estradas. A cidade registrou 21 óbitos em 2024 — 11 deles (52,4%) em vias municipais e 10 (47,6%) em rodovias. Neste ano, foram 17 vítimas: oito (47,1%) em área urbana, sete (41,2%) em rodovias e duas (11,8%) sem identificação.

Guararema apresentou redução nos números: de cinco mortes em 2024 para duas em 2025. No ano passado, quatro (80%) ocorreram em rodovias e uma (20%) em via municipal. Agora, o cenário está dividido: uma morte (50%) em rodovia e uma (50%) em via municipal. 

Vias municipais

Em Ferraz de Vasconcelos, as cinco mortes de 2024 ocorreram majoritariamente em vias municipais (3 casos, ou 66%), e duas (34%) sem dados sobre a via. Neste ano, todas as três mortes (100%) foram em ruas da malha urbana. Poá também manteve o padrão nos dois semestres analisados. Foram três mortes em 2024 e duas em 2025 — todas em vias municipais.

Mogi das Cruzes, com os maiores números absolutos da região, somou 25 mortes neste ano. a maioria fora das estradas. Quinze delas (60%) aconteceram em vias municipais, oito (32%) em rodovias e duas (8%) em locais não identificados. Em 2024, o total havia sido de 26: 15 (57,7%) em vias municipais, oito (30,8%) em rodovias e três (11,5%) sem dados.

Já Suzano contabilizou 15 mortes neste ano, a maioria nas vias municipais, sendo oito delas (53,3%). As demais vítimas fatais foram seis (40%) em rodovias e uma (6,7%) em via não identificada. Em 2024, haviam sido 17 mortes: 14 (82,4%) em áreas urbanas, duas (11,8%) em rodovias e uma (5,9%) sem especificação.