A assistente administrativa Simone Regina da Cunha, de 47 anos, da cidade de Poá, pode dizer que viveu a maternidade em momentos muitos distintos de sua vida. Ela foi mãe aos 20, 24 e 41 anos, quando, inclusive, já era avó de um neto de 1 ano. A chegada do caçula, hoje com 6 anos, mostrou que era possível viver essa experiência novamente, dessa vez com mais maturidade e experiência.

"Me casei cedo, com 20 anos, e logo tive minha filha mais velha, hoje com 27 anos. Não tinha experiência, mas dei conta do meu papel de mãe, mulher e profissional já naquela época. Quase quatro anos depois veio meu segundo filho, hoje com 24 anos. Meu casamento terminou quando as crianças estavam mais velhas e eu segui minha vida, assim como os meus filhos, que já não moravam mais comigo. Me tornei avó com 40 anos e, no ano seguinte, no momento em que eu vivia um novo relacionamento, engravidei do Luan. Foi uma surpresa muito grande que eu não espera acontecer".

Passado o susto, a surpresa inicial deu lugar a um grande amor, que foi crescendo ao longo da gestação, assim como o entendimento de que o terceiro filho viria para ensiná-la sobre muitas coisas. "Estava mais centrada, mais experiente e mais madura, por isso consegui curtir mais a maternidade dessa última vez. Fui mãe da mesma forma com os três, mas agora percebo que estou mais consciente desse meu papel".

Atenta a nova realidade do mundo, Simone enfrenta novos desafios na criação do garoto. "Dou a mesma educação que dei para os outros, mas hoje nós temos a internet muito mais acessível, os celulares e tudo isso é uma preocupação nova, mas que nós temos que aprender a lidar", pontuou.

Feliz com o novo momento de sua vida, a poaense afirma que ser mãe aos 41 anos a tornou uma pessoa melhor. "O Luan veio para ensinar muitas coisas, para me fazer ver a vida de uma outra forma e isso tem sido muito importante para mim. Moramos só nos dois, ele é o meu companheiro e somos felizes dessa forma, nesse novo formato de família, assim como tantas outras", finalizou. (C.M.)