Com a implantação crescente das práticas de ESG - ambiental, social e governança - pelas empresas, o mercado de crédito de carbono ganha destaque e avança na agenda de discussão. Para apresentar as perspectivas no setor industrial, o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) Alto Tietê promoveu uma palestra sobre o tema com diretores, associados e empresários de diversos segmentos, na última quarta-feira (29), em Mogi das Cruzes.

Dados de uma pesquisa realizada pela Câmara de Comércio Internacional (ICC Brasil), em parceria com a consultoria WayCarbon, apontam que o País tem potencial para atingir US$ 120 bilhões em geração de receitas com crédito de carbono até 2030. "Esse é um tema muito importante para a indústria que busca cada vez mais alternativas que aumentem a eficiência e a produtividade, mas sempre com foco na preservação dos recursos naturais. Temos que dar os primeiros passos para que as empresas estejam preparadas para as novas exigências do mercado e dos órgãos reguladores", destacou o diretor regional do Ciesp Alto Tietê, José Francisco Caseiro

O mercado de crédito de carbono é um sistema em que as empresas que ultrapassaram as metas de emissão de gás carbônico, um dos principais gases do efeito estufa, adquirem créditos gerados por aqueles que ficaram abaixo do patamar. A importância do tema é iminente, já que os países signatários do Acordo de Paris se comprometeram a limitar o aquecimento do planeta em 1,5ºC, até 2100.