Na próxima segunda-feira Ferraz de Vasconcelos completa um mês em situação de emergência. O decreto foi publicado no início de fevereiro em função dos constantes alagamentos e antes da morte de uma pessoa no último dia 23 em função do desmoronamento de uma casa na Vila São Paulo. Desde então, a Prefeitura afirma que tem intensificado as ações preventivas, mas nenhuma intervenção mais concreta foi anunciada, nem uma previsão remoção das famílias que hoje vivem nas áreas de risco mais críticas.
De acordo com a administração municipal, a Secretaria de Serviços Urbanos tem atuado na limpeza e desassoreamento dos córregos da cidade que acabam por contribuir com os alagamentos. A Prefeitura também tem mobilizado a população para evitar o descarte irregular de lixo e entulho.
Outra medida foi pedir ajuda ao governo estadual. A prefeita Priscila Gambale, juntamente com a equipe do Gabinete de Crise, tem enviado relatórios atualizados sobre a situação de Ferraz ao Estado e o secretário estadual de Governo e Relações Institucionais, Gilberto Kassab, a recebeu pessoalmente e atendeu seu pedido para que fossem enviados técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) como engenheiros e geólogos que têm dado suporte técnico para avaliação das áreas de risco.
Apoio às vítimas
Para atender as vítimas das enchentes que não têm para onde ir, a prefeitura organizou um abrigo na Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Eduardo Santiago Souza, mas no momento nenhuma família está alojada no local.
Também foi aprovada a lei que concede auxílio moradia para as pessoas que tiveram as casas interditadas e que se enquadram nos critérios da legislação.
Áreas de risco
Ferraz possui hoje 26 áreas de risco no total, sendo as que estão em maior vulnerabilidade atualmente são a Vila Cristina e Vila São Paulo. O decreto de situação de emergência na cidade tem validade de 180 dias.