A Prefeitura de Mogi iniciará a primeira fase do Plano Mogi 500 anos com o recurso de US$ 100 mil do Banco de Desenvolvimento de Américas Latinas (CAF). A doação a fundo perdido da quantia foi oficializada ontem, por meio da assinatura do Termo de Cooperação Técnica para a realização do diagnóstico e estudos necessários para a elaboração do projeto que estabelece metas de longo prazo para o município.
A cidade não receberá o dinheiro, mas terá o valor a disposição para contratação, por meio do CAF, de empresas e consultorias que ficarão responsável por colaborar com a produção do diagnóstico que indicará como foi o crescimento de Mogi até hoje, suas principais necessidades e os caminhos estratégicos que se deseja traçar para alcançar o desenvolvimento sustentável pelos próximos 37 anos.
Nessa primeira fase, que deve ser concluída em junho, serão realizadas pesquisas, consultas públicas, entrevistas e audiências para construção do caderno sobre a trajetória histórica e urbana da cidade. A partir de março serão realizadas as discussões dos grupos técnicos de trabalho com a sociedade civil e de julho a dezembro será feita a construção da visão de futuro e dos caminhos estratégicos.
Durante evento realizado ontem no auditório da prefeitura, o prefeito Caio Cunha (Podemos) destacou a importância do plano. "Esse é o principal projeto que representa nossa gestão conceito e ele só faz sentido se todos os envolvidos entenderem o que ele realmente propõe para transforma a cidade, que não se preparou ao longo do tempo para o seu crescimento. É isso que nós queremos mudar, queremos que Mogi se desenvolve e não apenas cresça, mas que seja um desenvolvimento equilibrado, com todas as áreas crescendo junto", pontuou.
O secretário de Planejamento e Gestão Estratégica, Lucas, detalhou os eixos a serem trabalhados para que se tenha uma cidade inovadora e criativa, dinâmica e conectada, planejada e sustentável, saudável e pacífica, educadora e inclusiva e protagonista e eficiente. "Temos um desafio técnico e político daqui para frente e vamos nos basear em outras cidades que também enfrentaram esse desafio e hoje são referência, como Londres e Maringá. Vamos planejar o desenvolvimento de Mogi com metas estabelecidas não apenas pela prefeitura, mas por todas as partes envolvidas nesse processo, como os vereadores e a população".
Para o executivo senior da CAF, José Rafael, que também participou da cerimônia, Mogi sai na frente quando decide se planejar a longo prazo. "São duas palavras que precisam ser ditas sobre esse plano: desafio e coragem. Será um documento orientador para o crescimento da cidade e vai envolver toda a comunidade. Sem o devido planejamento isso não seria possível".
A vice-prefeita de Mogi, Priscila Yamagami, destacou que além de desafio e coragem, o plano Mogi 500 anos deixará um legado para os moradores. "O resultado desse planejamento é o que nós queremos de melhoria para a cidade e a Educação norteia todo esse processo, porque vamos trabalhar com educação ambiental e cidadã também".
Ainda no evento, o presidente da Câmara Marcus Furla (PSDB) destacou que a Câmara estará á disposição para elaboração desse diagnóstico e para traçar as metas e diretrizes a serem seguidas pelos próximos anos, sempre levando em conta o desejo da população.