Mogi - Com três emendas apresentadas pelos vereadores, a Câmara de Mogi aprovou, na sessão de ontem (8), o projeto de lei que prevê a implantação do Plano Municipal de Modicidade Tarifária. O documento garante a manutenção do valor da passagem de ônibus em R$ 5 para a população, mas define o novo valor da tarifa em R$ 5,76, sendo que o município arcará com o pagamento dessa diferença de R$ 0,76 por meio de subsídio para as empresas que operam o transporte municipal.

Durante reunião realizada na manhã de ontem com a secretária adjunta de Mobilidade Urbana, Miriam Benites e com o secretário de Finanças, Willian Harada, os parlamentares debateram o assunto e elaboraram de forma conjunta as três emendas também aprovadas na sessão que estabelecem um teto máximo para o pagamento de subsídio de aproximadamente R$ 30 milhões até 2024, a proibição do repasse da inflação acumulada no período e ainda a comunicação clara de que o valor da passagem é hoje de R$ 5,76, sendo que a diferença será custeada com recursos públicos do Tesouro Municipal.

Apesar de aprovado, o projeto rendeu muita discussão na Câmara. Enquanto a vereadora Inêz Paz (PSOL) fez questão de frisar que a tarifa foi sim reajustada, sendo hoje a mais cara da região e que, ainda assim, não oferece benefícios como passe livre estudantil e gratuidade para pessoas acima de 60 anos, o vereador José Luiz Furtado (PSDB) frisou que o "pagador de imposto será o responsável por custear" o subsídio para cobrir o valor da passagem.

O vereador da base, Gustavo Ferreira (PSDB), e o presidente da Câmara, Marcos Furlan (PSDB), por sua vez, defenderam o projeto e destacaram que o principal objetivo era não onerar o passageiro nesse momento pós pandemia e que esse benefício foi conquistado a partir de muito estudo e cálculo por parte do Executivo.

TOP

Ainda na sessão, os vereadores apresentaram indicações e requerimentos, entre eles o que prevê a criação de uma Comissão Especial para acompanhar o andamento do trabalho do Executivo durante esse período que a cidade segue em situação de emergência em função das enchentes, de autoria da vereadora Malu Fernandes (Solidariedade).

Também foi encaminhada para tramitação o requerimento que solicita ao governo estadual a instalação de um posto do cartão TOP. O pedido foi feito vereador Carlos Lucarefski (PV), porque, segundo ele, nem todas as pessoas sabem utilizar a Internet para fazer a compra dos créditos de forma digital e que muitos idosos necessitam de atendimento presencial.