O jogo de ontem (2) contra Camarões contou com a torcida animada dos mogianos, que mesmo com mau tempo, compareceu ao telão montado pela Prefetura na região central para conferir o desempenho da seleção brasileira em sua terceira e última rodada da primeira fase da Copa do mundo, no Catar. No início da partida, a expectativa era de vitória da equipe do técnico Tite, mas nos minutos finais, o time foi derrotado por 1 a 0. O Brasil agora avança para as oitavas de final e enfrentará a Coreia do Sul na próxima segunda-feira (5), às 16 horas.
A chuva, que foi e voltou durante o primeiro tempo da partida, não diminuiu a grande aglomeração no Largo do Rosário, conhecido como Praça da Marisa, no centro de Mogi. No início do jogo, com guarda-chuva em mãos, a vendedora Ariele Souza, de 33 anos, disse que estava pessimista quanto a conquista do hexa e que a seleção não deve chegar às quartas de final. Para ela, o Brasil venceria ontem, mas nada estava garantido para a próxima etapa. "O Neymar machucou o pé e agora vão tentar queimar o Richarlison", argumentou.
As estudantes Helena dos Santos Miranda, 9, e Ana Júlia da Costa, 12, que subiram em um banco do largo para visualizar o telão, também acreditavam na vitória. A Copa no Catar é a primeira acompanhada por elas. Se há quem diga que homens são mais ligados ao esporte, o pedreiro Márcio Rodrigues, 40, garantiu que a esposa, Vera Lúcia Ribeiro, 38, é a apaixonada por futebol do casal. Os dois estavam confiantes na vitória da seleção. A dupla também não poupou fôlego para as vuvuzelas e adereços, e afirmaram que mesmo com a chuva permaneceriam acompanhando o jogo no local.
Já no segundo tempo, a reportagem do MogiNews/DAT esteve no Clube de Campo de Mogi das Cruzes (CCMC) para conferir a movimentação dos espectadores, que se mostraram entusiasmados até o final. O diretor executivo Rafael Lucena, 45, que havia apostado no placar 3 a 0 para a seleção brasileira, se surpreendeu com o resultado, mas demonstrou boas expectativas para o futuro. "O Brasil estava em uma posição confortável. Se perdesse não mudaria nada, está garantido. Acho que o Brasil é muito mal-acostumado com derrotas. Não entendo muito, mas minha visão é essa, eu também pouparia o elenco principal", avalia. Para Lucena, a seleção tratará o hexa para o Brasil.
Quem lamentou a derrota foi o comerciante Paulo Cezar de Mira, 56, que descreveu a partida como "jogo segurado". "Ninguém quis dar a raça. Pisaram no freio", avaliou. Amante do futebol, ele apostava que o Brasil venceria com 1 a 0 e se queixou dos jogadores. "É muito estrelismo. Não é mais pelo futebol. É pelo patrocínio", disse.