A professora Beatriz Zuza, de 30 anos, morreu após ter sido agredida a pauladas pelo companheiro Jefté Aragão da Silva, de 31 anos, na noite da última terça-feira (27). O casal morava em Suzano e estava em viagem para São João da Barra, no Rio de Janeiro, quando o crime ocorreu. O agressor foi preso em flagrante pela polícia da cidade fluminense. De acordo com informações da mãe da vítima, Elizete Zuza Ferreira, Beatriz deixou um filho de 1 ano e 11 meses e estava grávida de três meses.
Segundo informações da família, na segunda-feira (26), Beatriz ficou incomunicável e apenas o companheiro atendia as ligações da mãe da vítima. Desconfiados, os familiares contataram parentes que moram em Itaboraí, também no Rio de Janeiro, para buscar a professora e o filho.
Beatriz foi encontrada com vários hematomas pelo corpo e com dificuldades para andar. De acordo com o Boletim de Ocorrência (B.O.), ela foi levada para um hospital de Itaboraí, mas não resistiu. O caso foi registrado como feminicídio provocado por paulada e aborto por terceiro. O corpo da educadora está sendo velado hoje (29) na igreja Assembleia de Deus, na rua Antônio Marque Figueira, no bairro Vila Figueira, em Suzano.
O prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha (Podemos), usou as redes sociais para falar sobre o caso e lamentar a morte de Beatriz que já foi educadora no município. “É com imenso pesar que venho fazer essa nota de condolências pela perda da Profª Beatriz Zuza, que serviu como professora de Educação Básica I na nossa cidade e por fazer parte da rede municipal de educação de Mogi das Cruzes. Infelizmente mais um trágico caso de feminicídio. Estima-se que no Brasil, em média 4 mulheres são mortas por dia, vítimas de deste crime. É repugnante que isso ainda seja uma realidade da nossa sociedade”, escreveu.
A vice-prefeita de Mogi, Priscila Yamagami Kähler, também usou a internet para falar sobre dedicação da professora. “Uma grande perda! Fiquei imensamente triste ao saber dessa partida! Beatriz Zuza foi uma excelente professora da nossa rede de educação de Mogi das Cruzes. Como mulher e professora, não posso acreditar que perdemos essa vida para um feminicídio! Minha tristeza só aumenta em saber que no Brasil essa trágica realidade é mais comum do que deveria matando em média 4 mulheres todos os dias! Deixo aqui meus sinceros sentimentos a todos os familiares e amigos da Bia! Que Deus receba em seus braços!”
Amigos e familiares da professora também usaram as redes sociais para prestar homenagens. “Tristeza. Estudamos juntas, fazíamos trabalho sempre juntas. Ela sempre amorosa(...) Deus ampare sua família, seu filhinho e te receba com muito amor no céu”, publicou uma amiga.
“Vou sentir tanto sua falta, menina meiga, inteligente nossa como era inteligente, eu recebi tanto carinho de você. Tive a honra de estarmos juntas nos quatro anos de facul e agora você vai para os braços de Jesus”, escreveu uma colega.
"Desde ontem quando soube dessa notícia trágica que estou sentindo mal, essa linda jovem era envolvida no Ministério infantil do Ministério ADMS e ontem teve sua vida tirada apanhando ate a morte por um monstro que diz ser um homem, meu coração está sangrando", lamentou uma parente.