A seleção brasileira paralímpica de bocha encerrou a temporada de 2022, disputando o World Boccia Championships nas categorias individuais, pares e equipes, realizada na cidade do Rio de Janeiro. O mundial foi sediado na Barra da Tijuca, na Arena Carioca 1, entre os dias 9 a 13 de dezembro. Ao todo, sete atletas representaram o país, dentre eles a suzanense Evelyn de Oliveira.

A atleta do Alto Tietê compôs a equipe de pares BC4, ao lado Matheus Carvalho, de Minas Gerais. Apesar de não conseguirem passar da fase de grupos, Evelyn destacou a importância da competição. "Foi um campeonato que ensinou muito para a gente porque nem sempre os favoritos, quem a gente estima que estará entre os cincos melhores ou entre os finalistas. Às vezes um detalhe pode mudar esse caminho e tornar as coisas diferentes", afirmou.

A atleta também avaliou como acirrada as disputas. "Considero que tive um bom desempenho no individual, porém é preciso mais atenção a alguns detalhes. Foi um campeonato em que os detalhes fizeram a diferença e determinaram o resultado final", disse Evelyn.

A equipe BC1/2, formada por Andreza Vitória, Iuri Tauan e Maciel Santos; e o pares BC4 com Josi Silva e Eliseu dos Santos, chegaram até as semifinais do mundial, quando acabam sendo eliminados.

O diretor técnico da Associação Nacional de Desporto para Deficiente (ANDE), Leonardo Baideck, avaliou a participação da equipe brasileira como abaixo do esperado em termos numéricos, com uma medalha de ouro de Andreza Vitória que se consagrou campeã mundial, e dois quartos lugares.

Baideck destacou suas expectativas para 2023: "Agora precisamos analisar sobre os diversos prismas esse resultado, e isso vai gerar uma maior mobilização, afastando qualquer possibilidade de acomodação. A competição alvo para o ano que vem é o Parapan de Santiago, no Chile, que classifica pares e equipes para Paris 2024. A gente mantém, ao menos por enquanto, a perspectiva de pelo menos cinco medalhas".

Segundo o diretor, as fases de treinamento começam em fevereiro, com todos os equipamentos e estrutura adequadas para iniciar o ano. "Devemos reunir em torno de 30 ou 34 pessoas, entre atletas e profissionais, e mensalmente, nos reunirmos por sete dias. Algumas dessas fases conectadas com competições internacionais, outras de forma isolada, como a própria fase de fevereiro", explicou Baideck.

*Texto supervisionado pelo editor.