Mogi - A Secretaria de Estado da Saúde se manifestou ontem sobre a atuação da rede hospitalar estadual no atendimento ao menino João Victor, de 11 anos, que morreu nesta semana após ser picado por uma serpente venenosa.

A Secretaria de Estado da Saúde, questionada pela reportagem, encaminhou nota oficial onde lamentou o ocorrido e informou que o paciente deu entrada no hospital estadual por volta das 22h20, e que foi inserido pouco depois das 19 horas na Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross). "Ao chegar no hospital, a responsável pela criança não sabia identificar a espécie que havia atacado o filho. Sendo assim, foi necessária uma bateria de exames antes de se aplicar o soro", explicou.

A Pasta estadual também esclareceu que, ao dar entrada no Luzia de Pinho Melo, o jovem recebeu a classificação laranja no Protocolo de Manchester, definido como "muito urgente", e teria recebido atendimento imediato.

"Em casos de acidentes por animais peçonhentos, a população deve procurar o serviço de saúde mais próximo para que possa receber o tratamento. Também é possível acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), pelo telefone 192, no caso de crianças picadas, pois é uma situação que exige agilidade", explicou.

O Estado também confirmou ao Grupo MogiNews que está em funcionamento o novo protocolo firmado com a Secretaria de Saúde de Mogi para a transferência imediata das unidades municipais para o hospital de referência sem a necessidade de encaminhamento pelo Cross. Segundo o Estado, 61 pessoas foram atendidas no Hospital Luzia de Pinho Melo por picadas de animais peçonhentos, enquanto que desde janeiro foram 40 casos.