O Comitê Gestor da Retomada Gradativa de Mogi das Cruzes terá, amanhã, duas reuniões com empresários de setores que permanecem fechados devido à quarentena, causada pela pandemia do coronavírus. Um desses encontros será com donos de salões de eventos e buffets. A outra reunião será com representantes de eventos culturais, como cinemas, teatros e museus. Todos esses espaços estão fechados desde março.
O intuito das reuniões de amanhã é confirmar a expectativa da administração municipal, que projeta duas visões distintas dos empresários desses ramos de atuação.
Primeiramente, empresários que trabalham no ramo de eventos serão ouvidos. A projeção feita pelo Comitê Gestor da Retomada Gradativa de Mogi das Cruzes é de que estes anseiem o retorno das atividades presenciais o mais breve possível, visto que o setor necessita da realização de festas para recuperar os rendimentos perdidos durante os meses que foram obrigados a ficar com as portas fechadas.
Mais tarde, empresários donos de estabelecimentos que possuem auditório como característica principal também definirão os protocolos junto ao comitê mogiano. Ao que tudo indica, esta categoria não anseia tanto pelo breve retorno, devido às limitações impostas pelo Plano São Paulo de Retomada, do governo do Estado. Tais determinações, a princípio, não justificariam a abertura do sub-setor, segundo o Comitê Gestor de Mogi das Cruzes. "Vamos aguardar as reuniões de quarta-feira (amanhã) para ouvir os argumentos dos próprios proprietários desses estabelecimentos", disse o presidente do Comitê Gestor da Retomada Gradativa de Mogi das Cruzes e vice-prefeito da cidade, Juliano Abe (MBD). "Esse é um pensamento nosso, mas ainda não foi validado junto aos empresários. Quarta-feira (amanhã) teremos uma impressão mais precisa. A ideia é ter informações mais atualizadas sobre essa percepção de retorno e confirmar nossa expectativa", completou Juliano Abe.
Plano São Paulo
Mogi das Cruzes, inserida na região leste da Grande São Paulo, entrou na quarta semana na fase amarela do Plano São Paulo de Retomada Econômica. Segundo o regramento imposto pelo governo do Estado, os municípios do Alto Tietê poderão passar à fase verde nesta sexta-feira. Nesta condição, os estabelecimentos comerciais poderão atender com 60% da capacidade. Na fase amarela, a capacidade máxima permitida é de 40%.
Na semana passada, o governo do Estado anunciou novos critérios para mudança de fase dentro do Plano São Paulo, dentre eles, a alteração do índice de ocupação de leitos de UTI, que precisa estar abaixo dos 75%. A medida permite que os municípios liberem leitos de UTI reservados a pacientes graves com coronavírus para outras especialidades médicas que tiveram o atendimento adiado ao longo da pandemia. Até o final de semana passado, o Alto Tietê tinha ocupação de leitos de UTI de 61,6% e ampliou a oferta de leitos para 16.1 por 100 mil habitantes - no dia 24 de julho, esses indicadores eram de 64% e 15,7, respectivamente. No parâmetro capacidade hospitalar, a região está na classificação verde.
Na capital
Na capital, mesmo com a liberação por meio do Plano São Paulo, atividades culturais, como cinemas, teatros e museus, só voltarão a funcionar quando atingida a fase verde do Plano. Apesar da aprovação do governo do Estado para abertura do setor após a manutenção da capital por quatro semanas na fase amarela, a Prefeitura não indicou a reabertura, visando maior segurança e proteção sanitária.