Mais uma morte suspeita por H1N1 está sendo investigada no Alto Tietê. A vítima é uma mulher de 54 anos que estava internada no Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes. Se confirmada a contaminação pelo vírus, este será o segundo óbito registrado no município este ano e o quarto na região. Outro caso ocorrido em Arujá também aguarda o resultado dos exames para que seja confirmado.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Mogi das Cruzes "a Vigilância Epidemiológica Municipal recebeu a notificação suspeita de óbito por H1N1 (ocorrida anteontem), mas a confirmação dependerá do resultado da análise do material que será encaminhado ao Instituto Adolfo Lutz", informou.
Ainda segundo a pasta, desde que se iniciaram as notificações suspeitas de H1N1, no final de março, o município não recebeu nenhum resultado de exames do instituto paulista. "Os três casos confirmados até o momento tiveram as análises realizadas pelos hospitais particulares onde os pacientes estiveram internados", disse em nota, destacando que até o momento foram registradas 54 notificações.
A demora para que os resultados dos exames sejam emitidos foi ressaltada também pelo prefeito Marco Bertaiolli (PSD) durante coletiva de imprensa.
Na ocasião, o chefe do executivo destacou que pelo menos 30% dos pacientes que estão buscando as unidades de Saúde do município, não deveriam estar lá. "Estamos preparados para dar suporte para nossa população. Mas, estamos demandados a mais do que a cidade suporta por duas questões. A primeira, é que o Estado precisa responder rápido as demandas de exames. A segunda é que temos muitas pessoas vindas de outras cidades, principalmente de São Paulo, que não está atendendo adequadamente seus munícipes. A cidade de São Paulo deveria melhorar seu atendimento. Além disso, há muitas pessoas com planos de saúde e que não estão encontrando atendimento na rede. Portanto, a demanda para os serviços públicos tem aumentado muito", destacou.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou à equipe de reportagem do Grupo Mogi News que a obrigatoriedade da aquisição e do fornecimento de testes para diagnóstico de Influenza é do Ministério da Saúde. "Cabe esclarecer que os testes por imunofluorescência não permitem subtipar o vírus que infectou os pacientes. Apenas o PCR (reação em cadeia de polimerase) permite a identificação dos subtipos de Influenza. A realização destes testes está prejudicada devido ao atraso nos repasses de kits por parte do Ministério da Saúde".
Além disso, a secretaria estadual complementou que o laboratório já solicitou ao órgão o quantitativo para atender toda a demanda do Estado de São Paulo, porém, até o momento, não recebeu o material necessário. "Neste ano, o laboratório realizou cerca de 2.600 testes com materiais do próprio Instituto, porém os estoques se esgotaram. O Instituto segue empenhado em atender integralmente a demanda dos municípios paulistas; para tanto, é necessário que o Ministério forneça o quantitativo de kits solicitado", esclareceu.