O instituto de aviação da Venezuela informou às companhias aéreas internacionais que elas devem retomar os voos para o país dentro de 48 horas ou correrão o risco de perder a autorização de voar para lá, informou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata na sigla em inglês). Várias companhias aéreas internacionais cancelaram os voos partindo da Venezuela nos últimos dias depois que a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (EUA) alertou as principais companhias aéreas sobre uma "situação potencialmente perigosa" ao sobrevoar o país. A Iata, que representa cerca de 350 companhias aéreas, criticou a medida das autoridades venezuelanas, alertando que a decisão "reduzirá ainda mais a conectividade com o país, que já é um dos menos conectados da região". O Ministério da Informação da Venezuela não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. A Reuters não conseguiu entrar em contato imediatamente com o instituto nacional de aviação para comentar o assunto. Nessa segunda-feira (24), a companhia aérea espanhola Air Europa disse que estava suspendendo seus cinco voos semanais entre Madri e Caracas "até que as condições permitam" a retomada. A companhia aérea Plus Ultra também suspendeu a mesma rota, informou a mídia espanhola. No fim de semana, a transportadora espanhola Iberia, controlada pelo grupo IAG, disse que também estava suspendendo seus voos à Venezuela, juntando-se a outras companhias como a brasileira Gol , a colombiana Avianca e a TAP Air Portugal. Um porta-voz da Iberia informou que a suspensão duraria pelo menos até 1º de dezembro, enquanto a Gol disse que seus voos de terça e quarta-feira para Caracas foram cancelados. A Turkish Airlines cancelou os voos até sexta-feira. Na sexta-feira passada, a Administração Federal de Aviação (FAA na sigla em inglês) dos EUA alertou sobre a "piora da situação de segurança e o aumento da atividade militar no país ou em seus arredores" e disse que as ameaças poderiam representar riscos para as aeronaves em todas as altitudes. Nos últimos meses, houve grande presença militar norte-americana na região, incluindo o maior porta-aviões da Marinha dos EUA, pelo menos oito outros navios de guerra e aeronaves F-35. *É proibida a reprodução deste conteúdo.