O papa Leão apelou neste domingo (2) para um cessar-fogo imediato e para a abertura de corredores humanitários no Sudão, dizendo que estava acompanhando com "grande pesar" os relatos de terrível brutalidade na cidade de Al-Fashir, em Darfur. "A violência indiscriminada contra mulheres e crianças, os ataques a civis indefesos e os sérios obstáculos à ação humanitária estão causando um sofrimento inaceitável", disse o papa durante seu discurso semanal no Angelus para multidões na Praça de São Pedro. Ele conclamou a comunidade internacional a agir de forma "decisiva e generosa" para apoiar os esforços de socorro. O escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) disse na sexta-feira (31) que centenas de civis e combatentes desarmados podem ter sido mortos no final de outubro, quando as Forças de Apoio Rápido paramilitares capturaram Al-Fashir, o último grande reduto do exército sudanês em Darfur. Fuga em massa A cidade caiu há uma semana, depois de um cerco de 18 meses, levando dezenas de milhares de pessoas a fugir. O papa Leão também abordou a situação na Tanzânia, dizendo que houve confrontos com muitas vítimas após as recentes eleições nacionais. Ele pediu a todas as partes que evitem a violência e "sigam o caminho do diálogo")   Relacionadas Papa Leão faz 1ª reunião com sobreviventes de abuso sexual na Igreja Lula se reúne com papa Leão XIV, pela primeira vez, no Vaticano Papa critica tratamento "desumano" de imigrantes nos EUA