Os Estados Unidos (EUA) fecharam sua embaixada em Kiev nesta quarta-feira (20), devido a "informações específicas de possível ataque aéreo significativo", e disseram a seus cidadãos na Ucrânia que estejam prontos para buscar abrigo rapidamente. As embaixadas da Itália e da Grécia informaram que também fecharam suas portas após o aviso incomum dos EUA, enquanto a embaixada da França permaneceu aberta, mas pediu aos seus cidadãos que sejam cautelosos. Nessa terça-feira (19), a Ucrânia usou mísseis ATACMS, dos EUA, para atacar um depósito de armas dentro da Rússia, fazendo uso da permissão concedida recentemente pelo governo do presidente Joe Biden, no milésimo dia da invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia. A Rússia vem sinalizando para os Estados Unidos e seus aliados há semanas que se eles derem permissão à Ucrânia para atacar profundamente o território russo com mísseis fornecidos pelo Ocidente, Moscou considerará isso uma grande escalada. "Por excesso de cautela, a embaixada será fechada e os funcionários estão sendo instruídos a se abrigar no local", disse o Departamento de Assuntos Consulares dos EUA em comunicado no site da embaixada. "A embaixada dos EUA recomenda que os cidadãos americanos estejam preparados para se abrigar imediatamente caso um alerta aéreo seja anunciado." O Kremlin disse que não tinha comentários. O chefe da inteligência estrangeira russa, Sergei Naryshkin, afirmou, em entrevista hoje que Moscou retaliaria os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que facilitassem ataques de mísseis ucranianos de longo alcance contra o território russo. A agência de inteligência militar da Ucrânia informou que um posto de comando militar russo foi "atingido com sucesso" na cidade de Gubkin, na região russa de Belgorod, a cerca de 168 quilômetros da fronteira com a Ucrânia. A declaração ucraniana levantou a possibilidade de um segundo ataque ATACMS, mas não especificou quem realizou o ataque, quando ele ocorreu ou o tipo de arma utilizada. A Ucrânia também usou drones para ataques profundos contra alvos na Rússia. A guerra está em momento agitado, com um quinto do território ucraniano nas mãos dos russos, tropas norte-coreanas posicionadas na região russa de Kursk e dúvidas sobre o futuro da ajuda ocidental, com o retorno do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, à Casa Branca. *É proibida a reprodução deste conteúdo. Relacionadas Rússia faz primeiro ataque com mísseis contra Kiev desde agosto Ataques russos contra hospital em Sumy matam 9, afirma Kiev Carta final do G20 condena guerras em Gaza e na Ucrânia