Camila Rodrigues se tornou uma especialista em tramas bíblicas. Desde que foi contratada pela Record, em 2012, já acumula quatro produções do tipo no currículo: "Rei Davi", "José do Egito", "Milagres de Jesus" e "Os Dez Mandamentos". Foi nessa última, inclusive, que interpretou o papel que considera um divisor de águas em sua carreira, a Nefertari. Por isso, a atriz viu na Carmona, de "Belaventura", a oportunidade ideal de experimentar algo distante dessa temática. 
Foi durante uma viagem que Camila recebeu a ligação do produtor de elenco da novela a convidando para fazer "Belaventura". Até então, ela imaginava que seria escalada para "Apocalipse", próxima trama bíblica da Record. Longe de sua rotina e envolvida com a viagem, Camila não absorveu muitos detalhes de seu papel naquele momento. Mas achou interessante o fato de se tratar de uma história medieval. 
Na novela escrita por Gustavo Reiz, Carmona é uma princesa, filha mais velha do rei e da rainha. Sente-se frustrada por ser a mais velha e não herdar a coroa. "Minha personagem acha o irmão que seria o sucessor do trono fraco para o cargo. Ela lutou a vida inteira para que pudesse estar no trono ou como conselheira porque se considera a única preparada", explica.
Apesar dos traços de vilania, Carmona convive bastante com Corinto e Tácitus, papéis de Eri Johnson e Alexandre Barilari, que têm um toque forte de humor. "Foi um lado que deu uma quebrada nessa vilania, nessa coisa muito reta e grosseira da Carmona", observa ela, que tem se divertido em cena. "Posso fazer quase o que eu quiser nas cenas. É divertido, mas ao mesmo tempo é muito tenso. Eu não posso entrar na brincadeira. Está sendo uma experiência deliciosa e leve", destaca.
Além das leituras com o elenco antes do início das gravações, Camila fez uma preparação por conta própria com a coach Larissa Bracher. Durante o trabalho, as duas perceberam que poderiam aproveitar a liberdade de uma trama de conto de fadas. "A gente começou a fazer a Carmona do nosso jeito. Como não se trata de uma personagem que existiu, a gente pode pirar e ser muito mais criativo", avalia. ("Belaventura", Record. De segunda a sexta-feira, às 19h45).