O dia 8 de maio, celebrado na última quarta-feira, foi instituído no calendário mundial da saúde como o Dia Mundial do Câncer de Ovário para conscientizar as mulheres sobre a doença e a importância do diagnóstico precoce. Extremamente silencioso, esse tipo de tumor apresenta, em cerca de 75% dos casos, sintomas quando a doença já está em estado em avançado, o que dificulta as chances de cura para a paciente.  

De acordo com o New Global Cancer Data (GLOBCAN 2020), o número de mulheres diagnosticadas com câncer de ovário e mortes aumentará em 42% e 50%, respectivamente, até 2040, no mundo. Essa estimativa retrata a gravidade da condição, que pode dever-se à falta conhecimento da doença e ao diagnóstico tardio, pois, apenas cerca de 20% das mulheres recebem um diagnóstico precoce desse câncer (enquanto está no estágio I ou II) antes de sua eventual progressão. 

Devido a essa estatística mundial, o oncologista clínico do Centro Oncológico Mogi das Cruzes, Dr. Rafael Zapata, reforça a importância das mulheres prestarem bastante atenção no seu corpo, para que qualquer mudança seja percebida, e também manter visitas regulares ao médico. “Uma perda de peso ou ganho, dores intensas nas relações sexuais, perdas de sangue, aquela sensação de inchado constante precisam ser investigadas sempre porque indicam de que o corpo não está bem”, alerta especialista. 

Principais sinais e sintomas 

Os primeiros sintomas do câncer de ovário começam a surgir a medida que o tumor vai crescendo, e os sinais de alerta são pressão, dor ou inchaço no abdômen, pelve, costas ou pernas, náusea, indigestão, gases, prisão de ventre ou diarreia e cansaço constante. “Claro que vez ou outra, é comum sentirmos alguns desses sintomas, já que eles são bem genéricos e podem ser desencadeados por vários fatores, tipo má alimentação. O que devemos ficar atentos são para os sintomas persistentes. Esses sim precisam ser investigados”, alerta Dr. Rafael Zapata. 

O tratamento contra o câncer de ovário é feito com cirurgia e quimioterapia. A extensão da cirurgia e a quantidade de sessões de quimioterapia vão depender do estágio da doença e da agressividade do tumor. “Por isso, quanto antes iniciarmos o tratamento, melhor será a qualidade de vida do paciente durante os procedimentos e as chances de cura da doença”, conclui o especialista do Centro Oncológico Mogi das Cruzes.