Em prol do combate às hepatites virais, neste mês é lembrado o “Julho Amarelo”, celebrado no dia 28 como o Dia Mundial da Luta Contra as Hepatites Virais, visando a conscientização sobre os riscos e contaminação pelo vírus da doença. No Brasil, os tipos de hepatites mais comuns são as A, B e C, sendo esta última a mais letal, vitimando 62.611 pessoas entre 2000 e 2020, segundo dados da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde. Há também as infecções de tipo D e E.
Em Mogi das Cruzes, a Secretaria da Saúde esclarece que o vírus ataca e se reproduz nas células do fígado, e que a doença geralmente é silenciosa. Das vezes em que os sintomas se manifestam, os mais comuns são cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
Assim, o diagnóstico pode ser feito por meio de exames sangue de rotina. Em Mogi, “as unidades de saúde também oferecem testes em caráter preventivo e, caso haja a detecção da doença, os pacientes recebem encaminhamento para tratamento”, ressaltou a pasta. O resultado sai entre 20 e 30 minutos, se feito através do teste rápido.
Em caso de diagnóstico positivo, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento para os tipos B e C, sendo que para o tipo A não existe acompanhamento específico. Vale ressaltar, que o diagnóstico precoce é importante para a eficácia dos tratamentos.
Contaminação e prevenção
As formas mais comuns de contaminação de Hepatite B e C, conforme listou a secretaria, acontecem por meio do contato com o sangue, com o compartilhamento de seringas, falha na esterilização de equipamentos de manicure, tatuagens ou piercing, e em relações sexuais sem preservativo. No caso do tipo B, é recorrente das gestantes contaminarem o bebê na gestação ou durante o parto.
Em relação à hepatite de tipo A, o vírus se prolifera por meio da relação fecal-oral, que pode acontecer pela ingestão de alimentos inseguros e falta de acesso ao saneamento básico.
A principal forma de prevenção da doença de tipo A e B é a vacinação, sendo que para essa segunda o SUS fornece as doses, mas vale também destacar os cuidados com higiene pessoal. Para a Hepatite C ainda não há vacina, e a prevenção se dá por meio da utilização de preservativo e o não compartilhamento de seringas e objetos pessoais.
Julho Amarelo
Neste ano, assim como nos anteriores, a Prefeitura de Mogi promove a ampliação de testes rápidos de hepatite nas unidades de saúde para a prevenção e combate às hepatites virais, além de realizarem “explicações rápidas para pacientes e usuários durante a espera nas unidades”. O exame é indicado para pessoas de todas as idades, prioritariamente para quem tem 40 anos ou mais.
A Secretaria de Saúde de Suzano iniciou ações da campanha na última segunda-feira (3/7). A oferta de testagem para detecção da doença, que ocorre nas 12 Unidades de Saúde da Família (USFs), nas 12 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e no Serviço de Atendimento Especializado/Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA), é principalmente para os munícipes em situação de vulnerabilidade social, indivíduos em uso de substâncias psicoativas, pessoas trans e cidadãos acima de 40 anos que ainda não tenham sido testados para hepatite C.
Já para o público em geral também estão sendo oferecidas vacinação contra a hepatite B e atividades para conscientizar e orientar a população acerca da prevenção contra a hepatite C. Também é enfatizada a importância da proteção nas relações sexuais, com a distribuição gratuita de preservativos internos e externos e gel lubrificante.
Segundo o Ministro da Saúde, hepatite é qualquer tipo de inflamação no fígado e, além das de tipo viral, há também as alcoólicas, por conta do consumo frequente de bebidas com álcool, uma vez que, no organismo, a substância se torna um ácido nocivo à saúde e, assim como as de tipo viral, pode ocasionar em cirrose - estágio irrecuperável do fígado. Também há as de tipo medicamentosa e autoimune.