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Há tempos o aço vem sendo substituído por materiais mais leves na blindagem veicular. Os polímeros (material muito resistente composto por cadeias sequenciais de macromoléculas), como a aramida, têm, como vantagem principal o menor peso, sem comprometimento da proteção. Mas as novidades não param de chegar.
Uma das soluções que deverá estar no mercado a partir de 2018 é a liga (ou resina) reativa. "Inspirado na couraça de carros de combate e apresentado discretamente em 2013, durante seminário no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, esse composto 'empurra' para fora mesmo o impacto gerado pela explosão de granadas de 40mm e de munição 7.62 mm perfurante", afirma Roberto Godoy, jornalista do jornal O Estado de S.Paulo especializado em assuntos militares.
Por ora, além da aramida, os conjuntos mais modernos incluem vidros até 20% mais leves que os blindados convencionais - é também uma espécie de sanduíche, com resina entre as lâminas. "Recentemente lançamos a blindagem Premium, que reduz o peso em até 30%, ou 80 quilos, sem comprometer a proteção", diz Rafael Barbero, da Avallon.
Ele se refere à blindagem de nível IIIA, que se tornou uma espécie de padrão no mercado nacional e tem o maior grau de proteção disponível para uso civil no País. É capaz de suportar disparos de armas como a Magnum 357, 9mm (pistolas e submetralhadoras), espingardas calibre 12 e Magnum 44.
De acordo com Barbero, as mantas não têm emendas, não formam pontos vulneráveis e revestem mais de 90% da carroceria. Pontos mais críticos, como colunas dianteiras e centrais, recebem aço balístico. "A blindagem premium parte de pouco mais de R$ 50 mil, dependendo do veículo", afirma.
A DuPont também aposta na aramida para blindagem veicular. A gigante americana da área química, que fabrica e oferece o produto com o nome comercial de Kevlar, tem o Armura - a proteção do veículo utiliza apenas o polímero.
O preço é seu principal apelo. Para carros como os Chevrolet Agile e Vectra, além do Honda Civic, parte de R$ 21.950. Pesando cerca de 90 quilos, essa blindagem tem proteção nível 1 e suporta apenas disparos de armas como revólveres de calibre 22 e 38, por exemplo.
Há também a blindagem nível III, mas seu uso é restrito e também requer autorização do Exército. Resistente até a disparos de metralhadoras M60, com munição calibre .30, a nível IV é de uso exclusivo das Forças Armadas e chefes de Estado no País.
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