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O mercado de locação de blindados parece estar alheio à crise econômica que o Brasil enfrenta. Com bons números desde a Copa do Mundo e das eleições presidenciais, e já vislumbrando o sucesso com a Olimpíada do Rio de Janeiro, o setor não vê carros parados no pátio.
O procedimento de aluguel é relativamente simples, como o de um veículo normal. Mas, além dos dados bancários dos clientes, as locadoras de blindados precisam tomar alguns cuidados extras, como levantar uma possível ficha criminal do candidato ao aluguel. Se ele tiver algo suspeito na análise, nada feito, já que o carro à prova de balas pode ser usado para fuga.
"A regulamentação exige que as locadoras mantenham arquivados todos os documentos da pessoa física ou jurídica que solicitou a locação, devendo, quando solicitadas, prestar as informações aos órgãos da fiscalização", explica o presidente da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), Laudenir Bracciali.
Há duas modalidades de aluguel de blindados, com ou sem motorista especializado em direção defensiva. Quase todas as locadoras oferecem os dois tipos de serviço. O primeiro é o mais procurado, principalmente por executivos de grandes empresas, atualmente o maior mercado para a locação. "Raramente pessoas físicas alugam blindados. E, quando o fazem, são já donos de blindados que tiveram algum problema com o seu", explica o diretor da Avallon, Rafael Barbeiro.
Os pagamentos geralmente são feitos por cartão de crédito e variam de R$ 800 por dia, no aluguel de um Toyota Corolla, a até R$ 9 mil, em um plano mensal. A diária do motorista, geralmente bilíngue, fica em torno de R$ 350.
Há modelos mais caros que também fazem sucesso no mundo dos blindados, como o Hyundai Azera, com valor de R$ 1.000 a diária, o BMW Série 3, que custa cerca de R$ 1.200 e o Chrysler Town & Country, uma van familiar locada em média por R$ 1.500 por dia, ou R$ 14 mil no plano mensal.
São Paulo é o Estado com o maior número de carros blindados do Brasil. Tem 63,04% dos 160 mil veículos que circulam em todo o País, segundo a Associação Brasileira de Blindagem, a Abrablin. O medo causado pela insegurança das grandes cidades é o principal fator para o consumidor pagar a partir de R$ 50 mil a mais, no caso dos modelos zero-km, na blindagem.
Perfil
Segundo a Abrablin, homens respondem por 52% do mercado de veículos blindados no Brasil. A faixa de idade entre os 30 e 39 anos é a que mais procura por esse tipo de serviço; 65% dos usuários são empresários.
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