Um casal colombiano foi identificado pela Polícia Civil como responsável pelo furto de 15 computadores na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Botujuru, em Mogi das Cruzes, no dia 6 de janeiro. O homem foi preso pela equipe 3º Distrito Policial de Mogi e a mulher foi detida e prestava depoimento na tarde desta segunda-feira (17). Segundo a polícia, o casal faz parte de uma quadrilha especializada no furto de computadores.
A investigação, de acordo com a Polícia, segue em busca de identificar outros envolvidos e também os receptores dos itens furtados. Os detalhes sobre a operação foram divulgados em uma entrevista coletiva, realizada na sede da Delegacia Seccional de Mogi hoje.
O casal, segundo a polícia, se passava por usuários da unidade para observar o local. O secretário municipal de Segurança, Gilberto Ito, explicou que os dois utilizaram um gel no sensor de presença do local para conseguir entrar pela porta dos fundos sem serem identificados. O delegado 3ºDistrito Policial de Mogi, Alexandre Batalha, afirmou que a ação em dupla é uma estratégia do grupo para não chamar a atenção.
O delegado disse ainda que a polícia também investiga se a situação do casal no país é ilegal. Segundo a polícia, além do homem e da mulher, um terceiro suspeito de envolvimento no caso já está sendo investigado e outra mulher estrangeira procurada pela Justiça foi presa hoje - a princípio, sem relação com o furto da UBS do Botujuru.
A identificação dos suspeitos foi feita após o trabalho de investigação da Polícia Civil e foi possível com a utilização de imagens de câmeras de monitoramento da unidade de saúde. A Secretaria Municipal de Segurança também auxiliou as investigações com informações obtidas junto ao Centro de Operações Integradas (COI). Ito destacou ainda que há um projeto de integrar o sistema de monitoramento de todos os equipamentos públicos com o COI.
“Estamos ampliando as operações conjuntas entre a Guarda Civil Municipal, as Polícias Militar e Civil. Esta integração é uma diretriz da gestão e importante para ampliar a segurança na cidade e mostrar que os crimes não ficarão impunes, como é o exemplo do furto na UBS do Botujuru. A participação da população também é importante, com denúncias”, disse o secretário.
“As pessoas podem pensar que é um crime de menor gravidade, mas foram subtraídos 15 computadores. Com isso, foi suspenso um serviço tão importante quanto o de saúde. Assim, a consequência do crime foi muito grave, prejudicando a população”, acrescentou o delegado seccional, Waldir Corvino Júnior.
Outros furtos
Além do furto na UBS do Botujuru, a Polícia informou que desde setembro de 2024 os suspeitos também praticaram furtos em unidades da Universidade Estadual Paulista (Unesp) nas cidade de Botucatu, Franca e Bauru, e na Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatec) Presidente Prudente.
*Texto supervisionado pelo editor.
