A rede atacadista Seta já fechou 15 unidades em todo o Estado de São Paulo, inclusive no Alto Tietê. A região abrigava seis lojas, das quais duas já estão de portas fechadas, em Poá e em Itaquaquecetuba. A medida causou a demissão de mais de 600 funcionários, segundo o Sindicato dos Comerciários de São Paulo.
Na região, a primeira a fechar as portas foi a de Poá, na rua João Pekny, no Jardim Itamarati. Uma das unidades que também parece estar prestes a fechar é a sede inaugurada há menos de um ano, na rua Caboclos, no Jardim Colorado, em Suzano. O estabelecimento abriu as portas na semana da Páscoa de 2016, há nove meses.
Segundo informações de funcionários e clientes do estabelecimento, as prateleiras estão vazias e, há dias, não recebem reposição. A rede também tem outro estabelecimento instalado no município suzanense, localizado na rodovia Índio Tibiriçá, na região do Raffo, que se encontra nas mesmas condições.
A rede tem mais lojas instaladas no Alto Tietê, como a de Ferraz de Vasconcelos, na Vila Margarida. Em Itaquaquecetuba também há duas unidades instaladas na estrada de Santa Isabel, onde uma também amanheceu com as portas fechadas.
Segundo relatos de funcionários e parentes de trabalhadores, todas as unidades estão em situação de abandono, se encontram sujas e as mercadorias não são repostas nas prateleiras, que estão vazias.
De acordo com um dos trabalhadores demitidos, o Seta desligou os funcionários sem pagar os direitos trabalhistas. Situação que tem gerado revolta, inclusive, nas redes sociais.
Segundo o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, quase 600 pessoas ficaram desempregadas após o encerramento das atividades de algumas lojas do Seta no Estado.
"A rede de atacado vem fechando loja diariamente. Quanto às questões trabalhistas, a empresa propõe efetuar o pagamento das verbas rescisórias parcelado. Tal proposta não foi aceita pelo sindicato que representa a categoria", informou.
Além das unidades de Poá e Itaquá, a rede também fechou lojas em Capão Redondo, Guaianazes, Interlagos, Parque Edu Chaves, Vila Prudente, Vila Curuçá e na região do ABC, cidades de Cruzeiro, Sumaré, Americana e Carapicuíba, de acordo com dados divulgados pelo sindicato.