Após reunião realizada na manhã de ontem, entre representantes da Prefeitura de Mogi das Cruzes e MRS Logística, a empresa se comprometeu a adotar medidas para garantir a segurança de quem trafega pela passagem de nível da avenida Ricieri José Marcatto, em César de Souza. Um novo encontro para discutir os detalhes dos serviços a serem realizados está marcado para a próxima semana.
Entre as ações que serão adotadas pela operadora ferroviária de carga está o reforço da sinalização da passagem de nível, além da instalação de "guarda-cancela" adicional. Com isso, a partir de segunda-feira, um funcionário da companhia estará na passagem de nível para orientar pedestres e motoristas durante a travessia da linha férrea em período diurno. Dentro de 15 dias a presença do profissional se estenderá por 24 horas, e o serviço será prestado até setembro.
Já em relação as questões estruturais, a empresa se comprometeu em fazer a substituição das cancelas, bem como realizar as intervenções necessárias para o alargamento da avenida, que vem sendo executado pela Prefeitura. Os serviços de responsabilidade da MRS devem ser iniciados a partir da próxima quarta-feira, com previsão para serem concluídos em até 30 dias.
Durante a reunião, o gerente de relações institucionais da MRS Logística, José Roberto Lourenço, classificou a confusão de quarta-feira como "problemas de comunicação", que impediram que as tratativas entre a empresa e a administração municipal ocorressem, antes da decisão da Prefeitura de impedir a circulação dos trens na passagem, um acidente no local. "Assumo da nossa parte que não foi boa a comunicação e, por isso, hoje (ontem), estamos arrumando um canal muito melhor de diálogo. A gente precisa de uma relação muito boa. Mogi das Cruzes é um município muito importante e essa relação tem que ser muito melhor do que ela foi até agora. A nossa concessão vai até 2026, então, além da gestão do atual prefeito, ferrovia e comunidade vão conviver por muitos anos ainda", disse.
Já em relação a atitude da empresa em colocar guardas armados para impedir que a administração municipal bloqueasse a linha férrea, Lourenço informou tratar-se de uma ação preventiva. "O bloco de concreto em cima da via pode trazer problemas e piorar a passagem de nível. A nossa interferência e a nossa ação de segurança foi mais para proteção da faixa ferroviária , uma obrigação nossa no contrato de concessão, não por intimidação, nem por conflito", afirmou.