A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que está sendo realizada em Belém (PA), com a participação de representantes da região, como o prefeito de Itaquaquecetuba, Eduardo Boigues, que também é presidente do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat+), demonstra a urgência com o que o tema deve ser discutido, diante dos impactos cada vez mais severos na população. Em um passado não muito distante, a questão do clima parecia apenas discurso de ambientalistas exagerados, mas que se mostraram com a razão das transformações que o planeta está sofrendo em razão de um desenvolvimento acelerado, que apenas recentemente focou o olhar na devida proporção à sustentabilidade. 

Por muitos anos, os recursos naturais foram usados de forma desenfreada, e é urgente que esse comportamento que já foi modificado, seja cada vez mais sustentável. E o compromisso não é apenas do poder público e dos debates realizados em Belém e em outras partes do Brasil e do mundo, mas também da iniciativa privada e de cada cidadão, com um olhar diferenciado para o território em que vive e suas ações que impactam não apenas a cidade, mas o Estado, o país e o planeta. 

A educação ambiental, como temos destacado, é o caminho para transformar a relação da população com o meio ambiente, tratar de forma apropriada os recursos naturais, como a água, por exemplo. Trata-se de um recurso finito e que nos tempos atuais, em situação crítica, com a baixa dos reservatórios, como acompanhamos frequentemente com os dados do Sistema Produtor do Alto Tietê (SPAT), e ainda o rio Tietê, de onde parte da água que abastece Mogi é retirada, e está também com a capacidade reduzida. 

É urgente e necessário que haja mudanças na forma como o desenvolvimento acontece nas cidades, como as empresas atuam na produção e oferta de serviços, não apenas pela força da lei, mas pela responsabilidade que cabe a elas, e principalmente incluir em nosso cotidiano hábitos que criem uma relação de respeito com o meio ambiente, ações que devem começar já na primeira infância.