Quando falamos em impacto social duradouro, um fator se destaca com cada vez mais clareza: a força das parcerias. A colaboração entre entidades sociais e empresas, por exemplo, tem se mostrado uma das formas mais eficazes de promover transformações reais e sustentáveis nos territórios.
As entidades sociais, com sua escuta ativa e presença contínua nas comunidades, são capazes de identificar demandas concretas, construir soluções criativas e gerar vínculos de confiança com os públicos que atendem. Já as empresas, ao se envolverem em iniciativas sociais, podem fortalecer seu papel cidadão, alinhar seus valores à prática e contribuir de forma direta para o desenvolvimento da comunidade onde está inserida.
Mas para que essas conexões sejam potentes, é preciso ir além do apoio pontual. Boas práticas mostram que parcerias sólidas são aquelas que:
- Reconhecem o protagonismo das ONGs, valorizando seu saber técnico e sua atuação de base.
Apostam na transparência, com objetivos bem definidos e indicadores de impacto claros para ambas as partes.
Promovem trocas contínuas, onde há escuta mútua, cocriação e aprendizado constante.
Geram visibilidade e recursos, possibilitando que mais pessoas e empresas conheçam e apoiem causas relevantes.
Iniciativas em redes, participação em discussões, premiações, índices ESG e formações conjuntas têm sido caminhos adotados por diversos atores do ecossistema para potencializar essas parcerias. E quanto mais fortalecemos esses espaços de encontro, mais ampliamos as possibilidades de impacto.
No fim das contas, parcerias bem construídas não apenas beneficiam projetos sociais — elas transformam a forma como empresas e sociedade se relacionam com o bem comum. E é nessa construção coletiva que está o verdadeiro poder da mudança.
*Juliana Bertin é cofundadora Soulcial, gerontóloga com mestrado em engenharia urbana pela UFSCar e multiplicadora do Sistema B. Está envolvida em diversos trabalhos sociais, como voluntária e idealizadora. Redes sociais: @somossoulcial @jubertin1