Cada mês é marcado por uma cor ou mais de uma, chamando a atenção para questões importantes na saúde ou no enfrentamento a problemas recorrentes, como a violência. Vivemos agora o Junho Violeta, em referência ao Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, comemorado neste domingo, dia 15 de junho. As violências contra as pessoas com 60 anos ou mais são as mais diversas, como ataques físicos, negligência, abandono e o uso indevido do patrimônio.
Temos muito a avançar quando pensamos no envelhecimento da população, que em muitas faixas etárias já ultrapassa o número de jovens. O envelhecer faz parte da vida e a opção a ele é morrer jovem. Então a atenção aos idosos na verdade é pensar no próprio futuro e em como será o cuidado recebido nos muitos anos que virão.
Na edição digital de hoje, trazemos uma matéria especial com a vice-presidente do Conselho do Idoso, Juraci Almeida; Yamim Alves, da Casa de Clara, e o secretário da recém-criada pasta da Longevidade de Mogi das Cruzes, Mauro Misturo Yokoyama, que destacam como a violência está presente no dia a dia das pessoas idosas, de forma mesmo institucional, com dificuldades no acesso a serviços básicos de qualidade como na área da saúde, e também o desafio para ampliar programas de atendimento, que ofereçam atividades voltados para a socialização.
Apenas em Mogi, são cerca de 70 mil pessoas com 60 anos ou mais, idade em que se é considerado idoso pelo Estatuto da Pessoa Idosa. A legislação, de 2003, é bastante abrangente, mas muita coisa ainda não saiu do papel. No documento estão previstos benefícios no transporte, habitação, saúde e também na educação continuada ao longo da vida.
São muitos os desafios, mas também há avanços, como em Mogi, com a criação da Secretaria da Longevidade. E assim devemos nos unir para debater o envelhecer e as demandas da população idosa e daqueles que envelhecerão. Nesse intuito, temos o Fórum Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, que será lançado na próxima semana em Mogi. Que assim seja uma trajetória mais avanços que velhos desafios.