Um dos grandes destaques das ações preparadas pelas cidades para celebrar o Mês da Mulher, em referência ao Dia Internacional, comemorado no sábado, dia 8 de março, são voltadas para a saúde. São mutirões, atendimentos para exames sem agendamento prévio, entre outras ações como palestras e rodas de conversa. 

A saúde da mulher geralmente tem um importante investimento, afinal elas são a maioria da população, e não há como negar que vem avançando nas cidades e no Estado, mas ainda há muitos desafios para vencer as filas no aguardo de consultas, especialmente quando se trata de especialidades, e o mesmo com exames, quanto mais complexo maior o tempo de espera. Nem tudo é responsabilidade dos municípios, que acabam por iniciativa própria investindo na contratação de determinados especialistas. 

Pelo Governo do Estado, há os Ambulatórios Médicos de Especialidades (AME) e outros centros de referência, mas também não contemplam a grande massa da população que depende do Sistema Único de Saúde (SUS). O investimento na verdade deveria ser maior na Atenção Primária, no acompanhamento realizado a partir das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), diretamente no território onde as pessoas moram, sem necessidade de grandes deslocamentos, e a partir daí que os encaminhamentos necessários tivessem a merecida agilidade. 

O investimento na prevenção, além do menor custo que a hospitalização e outros procedimentos mais complexos, contribui de maneira muito significativa para a melhora da qualidade de vida da população. 
Claro que tudo que foi dito até aqui vai muito além da saúde feminina, atinge a todos, independentemente inclusive da idade. Mas, no momento, elas estão em destaque e todas as ações se voltam para prestar o atendimento a elas. 

São muitas as demandas a serem atendidas na área da saúde, principalmente quanto a exames, que deveriam ser rotina, e especialidades que vão além do clínico geral e o ginecologista, disponíveis na rede básica. A saúde das mulheres e de todos merece muito mais.