de impostos cresce a cada ano no país, e nas cidades da região não é diferente. Invariavelmente acompanhamos essa evolução pela plataforma Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo. Tudo o que compramos, os serviços que contratamos têm na composição de seu preço, impostos que representam, em muitos casos, parte significativa desse valor. 

O período eleitoral, que terminou recentemente na região e continua em algumas cidades, coloca em destaque os grandes desafios enfrentados pelas cidades no que tange ao que deveria ser básico como saúde e educação de qualidade. Cabe a pergunta da destinação dos recursos recolhidos diariamente, já que nem sempre a qualidade devida é encontrada nesses serviços tão primordiais ao desenvolvimento. 

Há necessidade de mais recursos certamente para melhorar o atendimento na saúde e também a estrutura oferecida aos milhares de estudantes, mas também a gestão dos recursos já existentes precisa ser avaliada, estão indo para as demandas reais de cada localidade? 

Os dados e o diálogo com a sociedade deveria ser a base para avançarmos em políticas públicas mais eficientes, o que também significa termos melhores investimentos, atendendo principalmente aqueles que mais precisam. É preciso que os recursos sejam melhor distribuídos em todos as esferas para chegar aos territórios onde são urgentes e mais que necessários para oferecer o básico à população. 

Cidades aparentemente com melhores recursos e mais arrecadação, como Mogi das Cruzes enfrenta desafios na mesma proporção para dar mais oportunidades a quem mais precisa. Têm sido frequentes os mutirões para atualizar os dados de quem está no Cadastro Único, dependendo do auxílio dos programas sociais governamentais. E sem a atualização corre o risco de perder o benefício. 

A fala de Rodrigo Souza, da ONG Missão Intensidade, quando foi homenageado com Título de Cidadão Mogiano, ecoa: tem muita gente dormindo com fome na cidade. Precisamos acelerar o passo e somar forças para transformar essa realidade.