é uma questão séria no país, e continua ocorrendo de forma frequente, enraizado em diversos comportamentos e frases repetidas ao longo de anos e anos que devemos nos policiar cotidianamente para banir de uma vez por todas do nosso dia a dia. Não se pode fechar os olhos para uma série de injustiças e violências de todo o tipo cometidas contra tantas pessoas, principalmente as mais vulneráveis, devido apenas a cor de sua pele. E ainda há o risco de morte, como já vimos vidas e vidas perdidas mais de uma vez. 


Na edição de hoje, destacamos o ataque sofrido pela coordenadora Gisele de Paula, do Cempre Benedito Ferreira Lopes, popularmente conhecido como CAIC é a única escola municipal de Mogi das Cruzes que oferece o Ensino Fundamental II – do 6º ao 9º ano. A educadora foi alvo de frases ofensivas escritas em um dos banheiros. Se o racismo já é algo impensável fora dos muros escolares, imagine em um ambiente que deve acolher as diferenças e formar melhores cidadãos para o futuro do nosso país?


Nossa solidariedade e respeito a educadora, vítima dos ataques. Vale lembrar que o comportamento reproduzido na escola, diz muito também sobre o ambiente que vivemos fora dali, na própria casa, e hoje também influenciado pelo que é visto nas redes sociais. A internet está no nosso dia a dia e pode ser usada positivamente ou não, o que se comprova já que também através dela ofensas como essa são frequentemente reproduzidas. 


É preciso repensar a forma como enxergamos o outro, onde está a empatia? Como a cor da pele pode ser determinante para desqualificar uma pessoa, ser o ponto de partida para que ela seja alvo de ataques e das mais variadas violências que por vezes ficam impunes? Vale lembrar que injúria racial é crime previsto na legislação. 


Que todos unamos esforços no enfrentamento ao preconceito contra pessoas negras e tantos outros “ismos” que assolam nossa sociedade. É preciso descontruir pensamentos e atitudes e destruir padrões culturais atrasados e agressivos que não cabem mais em ambiente algum.