A luta contra o pedágio nas rodovias Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga entra em uma nova fase na cidade. Mais batalhas foram iniciadas e outras estão para acontecer e é por meio delas que se espera sensibilizar o governo do Estado e conseguir a suspensão cobrança.
Na última quinta-feira (26), com o objetivo de impedir o lançamento do edital de concessão do Lote Litoral, previsto para novembro, a Prefeitura de Mogi ingressou com uma ação civil pública com pedido de liminar na Vara da Fazenda de Mogi solicitando que o documento não seja publicado.
Também foi solicitada a intervenção do Ministério Público, que até então não tinha sido acionado.
Outra medida que está sendo organizada é uma grande mobilização política para o dia 7 de novembro, no Centro Municipal de Formação Pedagógica (Cemforpe), com representantes do Executivo, do Legislativo, de entidades representativas do setor econômico e social, além de deputados e a sociedade civil.
Apesar de um pouco tarde, é chegada a hora de fazer pressão e mostrar a força do Alto Tietê, que tem um representante na presidente da Assembleia Legislativa do Estado, o deputado estadual André do Prado (PL).
Resta saber se a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) dará atenção para isso e terá a iniciativa de, quem sabe, mudar de fato o projeto de concessão do Lote Litoral que, inclusive, já está sendo concluído.
O edital será lançado em novembro, de acordo com a Secretaria de Estado de Parcerias e Investimentos (SPI). Por enquanto, o prefeito Caio Cunha (Podemos) lutou praticamente sozinho contra o pedágio, contando basicamente com o apoio da Câmara e do “Movimento Pedágio Não”. Será preciso mais do que isso para chamar a atenção do Estado e derrubar a proposta.
O resultado dessa mobilização, seja por meio da manifestação ou pela Justiça, refletirá de forma significativa no processo eleitoral de 2024. São muitas questões envolvidas, pouca ou nenhuma consideração por parte do governo estadual e batalhas duras a serem superadas nos próximos meses. O desafio está lançado.
