Até que ponto uma cidade pode e deve se endividar em nome do seu desenvolvimento? Vale a pena assumir uma dívida alta para apostar em um futuro promissor onde se tem uma população beneficiada com mais opções de emprego, comércio, saúde, mobilidade, educação e segurança?

Essa pergunta sem dúvida foi feita pela gestão do prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha (Podemos), ao decidir pela realização de um empréstimo  no valor US$ 50 milhões junto à Corporação Andina de Fomento (CAF), com a garantia da União. O investimento será destinado para conclusão das obras do anel viário da cidade.

O projeto que prevê o crédito foi discutido e aprovado pela Câmara nesta semana e foi na Casa de Leis que as opiniões sobre o assunto foram diversas. Enquanto a oposição acha um empréstimo feito em dólar um risco muito alto, a situação afirma que o mesmo é importante para Mogi crescer, finalizar e iniciar obras importantes, como a construção da ligação da rodovia Mogi-Guararema com a Mogi-Dutra e também da Mogi-Bertioga com a Mogi-Salesópolis.

Enquanto a oposição afirma que outros projetos importantes para o município, como o Túnel do Complexo Tirreno da San Biagio foram realizados sem a necessidade de contrair uma dúvida alta, a situação afirma que é preciso ir além para crescer e que os mogianos podem ficar tranquilos porque a cidade tem saúde financeira e condições de arcar com o pagamento dessa dívida.

Não resta dúvida que para assumir um endividamento desse nível é preciso ter coragem e muito estudo prévio. Uma gestão que visa o crescimento, pensando também no desenvolvimento humano, como a do prefeito mogiano, sabe que precisa fazer mais e sair da zona conforto.

Para ver seu projeto começar a sair do papel, o Plano Mogi 500 Anos, Caio Cunha está dando um passo importante. Em breve, ele terá em mãos o recurso do CAF e o resultado de um estudo apontando as principais necessidades e os caminhos estratégicos que se deve traçar para alcançar o desenvolvimento sustentável pelos próximos 37 anos. Que saiba usá-los com sabedoria.