A saúde é um dos pontos mais críticos de algumas administrações públicas, e um dos pontos primordiais no atendimento à população é a oferta de medicamentos gratuitos. Infelizmente não foi com surpresa que recebemos o resultado preliminar da fiscalização realizada pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) na semana passada em algumas unidades de saúde da região e de outros municípios. A reportagem foi destaque na edição de ontem. Oito das unidades fiscalizadas no Alto Tietê não tinham alguns medicamentos.
As farmácias, disponíveis nas unidades do serviço público de saúde, são um suporte fundamental para famílias, principalmente, aquelas que estão em situação de extrema vulnerabilidade, para quem falta o recurso mínimo para aquisição de determinados medicamentos. Por vezes, é preciso escolher entre esta e aquela despesa, avaliar o que é mais necessário a cada momento para garantir a sobrevivência. Sem o mínimo, que é o acesso ao medicamento gratuito e a uma saúde de qualidade, a situação de dificuldade beira o impossível.
As deficiências na distribuição de medicamentos abrangem todas as esferas do poder público e precisam ser revistas, com a união de esforços, para que não prejudiquem quem mais precisa. Voltamos sempre à máxima de recursos que existem, mas, em muitos casos estão mal empregados, destinados para outros fins. E aí entra o importante trabalho do Tribunal de Contas do Estado, em suas fiscalizações pelos municípios paulistas, abrangendo também escolas como vimos no ano passado, com problemas sérios de estrutura.
Temos acompanhado importantes investimentos na saúde na região, com a inauguração de novas unidades, ampliações e reformas, sem dúvida, obras de grande importância. Porém, do que adianta a garantia do acesso ao médico se o medicamento para o tratamento necessário pode faltar. É ter parte do problema solucionado, sem o desfecho desejado, que é a melhora do paciente.
É preciso ir além sempre, principalmente quando o assunto é a saúde da população, unir forças e encontrar recursos para atender as demandas mais urgentes.