Quem acompanha ou já acompanhou a sessões da Câmara de Mogi sem dúvida já percebeu que os parlamentares mogianos conseguem desenvolver debates e leis com mais qualidade e clareza se comparado ao Legislativo de outras cidades.
Por ser um município maior, mais rico e com vereadores mais preparados em relação a outros como Poá, Ferraz de Vasconcelos e Salesópolis,o trabalho legislativo se dá de forma mais produtiva e eficiente, trazendo, inclusive mais resultado para a vida da população. Essa atuação mais efetiva dos vereadores pode ser medida, por exemplo, pela quantidade de Comissões Especiais de Vereadores (CEVs) criadas na Casa de Leis mogiana. Desde o começo do ano já foram mais de quatro.
Uma delas acompanha os estragos das chuvas de verão, outra trata sobre as demandas e necessidades dos servidores públicos, outra busca a liberação de recursos orçamentários junto ao Governo Federal e ao Governo do Estado, e outra que trata sobre a promoção de soluções para aumentar a arrecadação de ICMS e do ISS.
Até furto em cemitério é tema de CEV em Mogi. Na sessão da última quarta-feira, o projeto sugerindo a criação do grupo foi apresentado e gerou, inclusive, troca de farpas entre os parlamentares, já que um deles afirmou já estar trabalhando o tema antes mesmo da comissão ser pensada e reclamou de não ter sido sequer convidado.
Vale lembrar que já foi discutida também uma CEV para acompanhar a liberação da rodovia Mogi-Bertioga, mas o trabalho para abertura da pista foi mais rápido que os vereadores. A violência nas escolas é outro tema que também já levanta a possibilidade de mais uma comissão.
O fato é que CEVs não faltam em Mogi, mas qual a efetividade do trabalho desenvolvido por elas? Quais resultados são obtidos na prática? Existe uma prestação de contas desses grupos? E as comissões permanentes da Câmara, não poderiam ser mais utilizadas nesses casos? Não faltam perguntas, assim como não deve faltar cobrança por parte da população sobre o andamento dos trabalhos dessas CEVs.