A pandemia de Covid-19, como temos dito com frequência, reduziu seus riscos, mas ainda nos assombra. Infelizmente não é raro sabermos de pessoas que têm se infectado, mesmo devidamente vacinadas, tendo tomado as doses recomendadas e também o reforço oferecido. O papel da vacinação, aliás, cumprido com êxito tem sido tornar os casos mais brandos, reduzindo de maneira significativa o número de mortes, que nos aterrorizava nos períodos mais duros da pandemia.
Porém, apesar dos bons resultados dos imunizantes, com suas diferentes origens, ainda há quem duvide, questione se a vacina funciona, e não tenha aderido ou completado o esquema vacinal. Decisão individual que compromete também o coletivo, favorecendo que a doença volte a ser um perigo para todos. Pode se argumentar que todas as vacinas foram produzidas a toque de caixa, mas foram dentro do que era necessário e por instituições reconhecidas internacionalmente, mesmo o Instituto Butantan.
Provavelmente não haveria um "novo normal" para ser vivido e devidamente estabelecido, sem os imunizantes, sem que a vacinação em massa ocorresse. As vacinas contribuíram para o controle possível da crise sanitária, tornando os casos mais leves e as mortes mais raras, e como muito se cobrava, nos tempos de isolamento e distanciamento social obrigatórios, a retomada da economia, que dá sinais de que respira e se recupera, mesmo que sem a velocidade desejada.
É preciso que cada um faça sua parte e que a região alcance o patamar de Guararema, cidade onde as pessoas tem maior adesão à vacina, como destacamos na edição de hoje. E estamos falando de Covid-19, mas a vacinação tem vivido momentos difíceis também no combate a outras doenças. As metas antes alcançadas com facilidade, hoje se tornar verdadeiros desafios para prefeituras, Estados e o governo federal. As campanhas são iniciadas, ampliadas, estendidas, e mesmo assim os números estão longe do ideal.
A decisão é, sem dúvida, individual, mas deve levar em conta o coletivo, como o ato de não se vacinar, ou não vacinar as crianças afeta o outro, comprometendo a saúde. A vacinação é urgente e necessária.