Como saber se o esquecimento é patológico ou dentro da normalidade? O esquecimento faz parte do nosso processo de vida. Se lembrássemos de tudo durante a vida, imagina a quantidade de emoções boas e ruins? De repente o nosso cérebro até poderia fazer um trauma. Não é interessante para saúde funcional ficar lembrando tudo a todo momento.

Importante lembrar que existem situações que podem ser resgatadas da nossa memória, através de histórias recordadas e através de estímulos sensoriais. Na atualidade temos uma vida muito corrida, principalmente pela inserção de inúmeras ferramentas tecnológicas que são imediatistas, como as redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram, WhatsApp, etc.). Às vezes é preciso gerenciar isso tudo e outros inúmeros compromissos profissionais, pessoais e sociais.

Com certeza, a nossa memória é falha e ela é assim, porque tem que ser assim, não temos que lembrar de tudo. Por isso que, como seres humanos, ao longo da história, desenvolvemos recursos para que conseguíssemos anotar compromissos, as coisas mais importantes, seguirmos roteiros durante o dia.

É lógico que devemos nos preocupar se os esquecimentos se tornam recorrentes, por exemplo: onde coloco as coisas importantes que lido no dia a dia no trabalho, rotinas da vida. Esse é o momento de buscar o neurologista cognitivo, profissional competente para fechar um diagnóstico. Deve ser valorizado relatos de pessoas que passam boa parte do tempo em nossas vidas, observe se a queixa de memória começa a atrapalhar o seu funcionamento, se a pessoa começa a perder compromissos, perdendo oportunidade na sua vida e até no seu âmbito pessoal.


Dr. Luiz Felipe Da Guarda é fisioterapeuta e presidente do Conselho Municipal de Assuntos da Pessoa com Deficiência (CMAPD)