A agricultura é uma dos principais setores que movimentam a economia do Alto Tietê. Fazemos parte do "Cinturão Verde" responsável pelo abastecimento da capital e de várias outras regiões do Brasil, com liderança na produção nacional de frutas, especialmente o caqui e a nêspera, além de cogumelos e flores (orquídeas).
Mesmo com essa atividade forte e estabelecida há décadas, as cidades da região enfrentam problemas que não deveriam mais existir, como a falta de saneamento básico nas zonas rurais.
A boa notícia é que o governo estadual, atento a essa realidade, escolheu Mogi das Cruzes como um dos quatro municípios selecionados para colaborar com o levantamento técnico necessário para elaboração de um projeto de investimentos em saneamento rural nos municípios do Estado de São Paulo.
As reuniões entre o grupo de apoio técnico do Semae, a Prefeitura de Mogi das Cruzes e representantes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e da Fundação Carlos Alberto Vanzolini já estão acontecendo. A expectativa é que esse trabalhado, somado ao levantamento e a colaboração de outras três cidades, dê origem ao Plano Municipal de Saneamento Rural.
Em uma área onde a preservação do meio ambiente é vital, investir em saneamento, ainda que de maneira atrasada, é imprescindível e urgente.
De acordo dados do IBGE, divulgados no site da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Brasil possui aproximadamente 31 milhões de habitantes morando na área rural e comunidades isoladas. Desta população, somente 22% tem acesso a serviços adequados de saneamento básico e a realidade aponta que ainda existem quase cinco milhões de brasileiros que não possuem banheiro.
Oferecer dignidade e qualidade de vida para essas pessoas é o mínimo que se espera, e para isso é preciso que as prefeituras e os governos estadual e federal olhem com a devida atenção para essa questão e não meçam esforço para que o saneamento rural saia do papel e se torne uma realidade no Alto Tietê e em todo o Brasil.