O futebol é um esporte que tem o poder de aliviar os problemas de uma nação por exatos 90 minutos, deixando em suspenso a polarização que ainda divide o país, mesmo após o término das eleições. Em sua vigésima edição, a Copa do Mundo, organizada pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), chegou ao Catar, onde ontem o Brasil venceu a Suíça pela primeira vez em uma Copa do Mundo.
Esse foi o segundo jogo da seleção brasileira que começou no mesmo ritmo do primeiro jogo, sem muita criatividade, e também terminou com a vitória da equipe brasileira. É claro que sempre que o Brasil jogar contra a Suíça será o favorito, mas a seleção europeia tem sido sempre uma pedra do sapato. Com a vitória de 1x0, garantida pelo gol de Casemiro, o Brasil está classificado às oitavas de final.
Agora, passado o tempo de jogo, voltamos a realidade e podemos observar que o verde e amarelo circula pelos Estados do país, não apenas utilizado por torcedores, animados com mais uma Copa do Mundo, mas por pessoas favoráveis ao presidente Jair Bolsonadro, que questionam o resultado das eleições presidenciais e mantêm protestos na frente de unidades vinculadas ao Exército. Estamos falando dos vestígios do pleito e seus reflexos que ainda dividem um país inteiro entre a Copa do Mundo e o atual cenário político.
O debate não deixou as ruas após o período eleitoral. Cidades como São Paulo e Brasília e muitas outras têm assistido às manifestações que retomam temas abordados durante a campanha eleitoral, e colocam em cheque a legitimidade das eleições, realizada com os mesmos trâmites de anos anteriores.
Está bem claro que o brasileiro tem garra para buscar aquilo que acredita, e juntos temos mais força do que acreditamos, não apenas como torcedores com o objetivo de apoiar e incentivar uma seleção para a conquista do tão sonhado hexacampeonato mundial.
A população que vem demonstrando que está interessada em lutar por decisões que podem afetar sua vida diretamente, deveria se unir não apenas neste período da Copa, mas por um país para todos.
