A mente humana é dividida entre o consciente e o subconsciente. O consciente é a parte da mente que capta as vibrações do mundo fenomênico tal qual ele se apresenta, armazenando então suas experiências na mente subconsciente, que é a parte muito mais complexa e estruturada que a primeira. É no subconsciente que se abriga a chamada mente coletiva, que conforme será, a seguir, colocada é a mente vinculada a toda a humanidade.
Nós somos dotados de consciência individual, portanto, temos a faculdade do livre arbítrio, porém analisando de um modo mais amplo, verificamos que existem na sociedade e no mundo tendências de comportamento e pensamento, onde alguns padrões são seguidos mesmo sem haver a comunicação direta entre as pessoas. Para compreendermos isso é necessário entendermos que na realidade o homem não é um ser individual sem ligação com outras pessoas. Pelo contrário, a maior parte de sua mente refere-se ao subconsciente.
Uma sociedade tende a criar seus próprios padrões e valores, fazendo com que seguir suas regras seja algo instintivo à todas as pessoas, e não consciente, sendo que esse tipo de ação é capaz de envolver não somente atitudes e pensamentos de um povo, mas também, por exemplo, a naturalidade em aceitar fatos violentos de uma sociedade e até mesmo a criar regras e padrões para contração ou cura de doenças. Esse tipo de pensamento, sendo potencializado por toda uma sociedade, possui uma força incomum, onde é difícil alguém escapar do seguimento desses padrões, e consequentemente fugir de suas consequências.
Portanto, a mente coletiva de um povo é a somatória de diversos pensamentos que geraram tendências. Por esse fato, a mente coletiva não atingiu o Inconsciente Universal, que é imutável e intransponível. Para transcender isso é que praticamos a meditação, onde se busca a conexão com a vida de Deus e viver no mundo fenomenológico seguindo apenas Suas regras, livres de amarras mentais.
Raul Rodrigues é engenheiro e ex-professor universitário