O Partido Progressista (PP) decidiu ontem declarar voto favorável à aprovação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados. De acordo com o líder do partido e ex-ministro das Cidades do governo Dilma, Agnaldo Ribeiro (PB), a "ampla maioria" da bancada deliberou pela votação favorável ao impeachment no próximo domingo, na sessão da Câmara marcada para as 14 horas.
Ausente de praticamente todas as sessões da comissão especial do impeachment, o deputado Paulo Maluf, de São Paulo, foi um dos que votaram para que o partido apoie o pedido de afastamento de Dilma.
"A bancada do PP, depois de muitos debates, decidiu pela unidade e hoje sai unida. A decisão é histórica e leva à unidade do partido. Vamos sair daqui e comunicar ao presidente [Ciro Nogueira]".
Paulo Maluf chegou a dizer, há algumas semanas, que era contra o impeachment, mas logo mudou de ideia e começou a fazer coro para a saída de Dilma da presidência da República.
De acordo com o deputado Esperidião Amim, de Santa Catarina, 37 dos 49 deputados do partido votarão a favor da abertura do processo de impeachment. O deputado Sandes Júnior, de Goiás, explicou, no entanto, que não haverá punição para os que não seguirem a orientação da liderança.
Ontem, o jornal O Estado de S. Paulo publicou novamente como estaria o "placar do impeachment". De acordo com os dados apurados até o início da noite de ontem, 305 deputados teriam dito que votariam a favor do impeachment, 125 contra o processo, 41 estariam indecisos e 42 não souberam responder. Para que o processo seja aprovado é preciso que pelo menos 342 deputados votem a favor.