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Ultimamente a impressão que se tem é que seja qual for o segmento para o qual olhemos, o País vive uma crise. A economia com índices preocupantes, as denúncias constantes de corrupção, envolvendo cada vez mais nomes importantes da política, e na saúde não é diferente. Mais de um 1,6 milhão de casos suspeitos de dengue foram notificados no ano passado, segundo levantamento do Ministério da Saúde, divulgado esta semana. O crescimento é de 178% em comparação a 2014.
Vivemos hoje a maior epidemia de dengue desde os anos 1990. Do total de casos de 2015, mais de 840 pessoas morreram. E o maior número de notificações ocorreu no Estado de São Paulo, superando o número de 730 mil casos suspeitos, contra menos de 300 mil no ano anterior. O mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, também é responsável pela febre chikungunya e o vírus zika, que ao infectar gestantes pode causar na criança a má formação conhecida como microcefalia.
Os dados são alarmantes e exigem o comprometimento de todos no combate ao Aedes aegypti. As cidades do Alto Tietê têm se movimentado e implantado comitês para intensificar as ações neste sentido. Em Mogi das Cruzes, por exemplo, profissionais da área da Saúde tem sido capacitados sobre as doenças transmitidas pelo mosquito, e repelente tem sido distribuído para as grávidas. O que, aliás, o governo federal havia anunciado que faria em todo o País, mas voltou atrás esta semana alegando que os laboratórios brasileiros não teriam capacidade para suprir a demanda exigida.
Com uma epidemia tão séria, ainda temos que nos deparar com o que foi classificado como uma 'gafe' do ministro da Saúde, Marcelo Castro. "Não vamos dar vacina para 200 milhões de brasileiros. Mas para pessoas em período fértil. E vamos torcer para que mulheres antes de entrar no período fértil peguem a zika, para elas ficarem imunizadas pelo próprio mosquito. Aí não precisa da vacina", disse o ministro esta semana.
Não se trata apenas de uma 'gafe', um 'tom jocoso' em um discurso para a Imprensa, é um exemplo gritante do descaso com o qual o País tem sido governando, deixando as coisas acontecerem, sem uma estratégia definida, sem um planejamento que evite passarmos por crises e mais crises. Que os laboratórios continuem mobilizados para a produção de uma vacina eficaz contra o vírus zika, assim como existe para a dengue, embora não seja nacional, assegurando uma gravidez tranquila para quem deseja realizar o sonho de ser mãe.
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