O conceito de equidade é a forma encontrada pelo ser humano de medir uma ação, seja ela uma norma legislativa ou uma conduta, para que beneficie a maioria ou, no mínimo, não prejudique a maioria. É sinônimo de igualdade e justiça, e utilizado para medir a força de um projeto de lei por exemplo - ele precisa gerar um resultado bom para todos, não podendo beneficiar apenas alguns. Com isso, podemos dizer que a equidade é o equilíbrio. Sem ela, caímos todos.
Para entender e colocar em prática tal conceito é preciso entendê-lo melhor. Ele está diretamente ligado aos valores pessoais, passados de gerações a gerações, como respeito, educação, bom senso e responsabilidade. Também se aproxima da ética para causar efeito e, na política, poderia ser muito mais utilizado.
Para o sociólogo Afonso Pola, o direito à igualdade, oportunidades e Justiça precisa estar em constante transformação para garantir que as futuras gerações continuem vivendo em um mundo de oportunidades. "O conceito de equidade busca a a Justiça social, evitar a desigualdade econômica, e oferecer direitos a todos", diz o especialista.
No Brasil, o governo federal deu um passo gigantesco nesta questão ao criar, em 2003, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), e dentro dele o Observatório da Equidade. Com a função de amparar as decisões tomadas em todas as esferas do governo, ele leva em consideração a Justiça entre as pessoas.
Nos últimos meses, os políticos deixaram de lado tal conceito - alguns talvez já o abandonaram faz tempo -, e seguem em uma briga política que só tem piorado a crise no Brasil. Lava Jato, impeachmet e pedidos de demissões mostram como nossos governantes estão desinteressados em manter o País em equilíbrio.
Apesar de ser importante todos os três temas citados acima, o que deveríamos estar discutindo agora são formas de tirar o País da lama, de recuperar a economia, de atrair investidores, de voltar a criar oportunidades de trabalho, de melhorar a educação e valorizar a segurança pública. Mas o mundo de Brasília é outro.
